que se pode pois....(dor filha duma puta)

quinta-feira, 26 de março de 2009 by AlphaMale
esperar dum fim?
acabou e pronto?
Dor, lampejos de tristeza aviltuam-se desapercebidos no coração.
Que vou imaginar eu? Designio de Deus?
Ora, onde ele está?
Como vou ver Deus ali nas atitudes pormenores se meus olhos embaçados de lágrima estão blindados?
Quem aqui pode me mostrar um sentido. Uma justificativa que menosprezando minha dor, mostre sentido em perder um alguém de fato.
Não ter pra si nem noticia.
Nem viagem, nem sonho nem esperança.
Violão não mais escutar-se-á, nem reclame, nem proclame. Nem memória se dá o tal direito de ser lembrada.
Quer se queira quer senão, foi. Não volta ele. O pródigo doutrora.
Só lembrança, sempre mais ludica e terna que a realidade que passou, a lembrança se mantém, o riso, o violar, o repetitivo lamento, o sei-lá-o-que de libertario roqueiro.
Nem bebia pois, podia não. Vivia ali sempre consigo mesmo. Tinha universo próprio o tal do relato.
Era amigo meu, sim de fato era. Muito eu o prezava, muito o queria e sempre gostei.
Escutava por horas sua prosaica fabula de menino perdido.
Encontrava no sorriso terno da subrinha sempre um motivo do riso seu proprio.
Era bonito de ver, com a pequena no colo, a enunciar o rebento da irmã como o seu proprio.
Foi amigo... foi parceiro das indiadas. Curtas aventuras de todinho.
Tivemos caminhadas, corridas, perdidos no entardecer da pequena queda d'agua.
Não que fosse meu mais presente dedo na mão. Mas que a falta que faz ninguém cobre, isto ponho a mesa, não vem ninguém, preencher tal vazio que agora fica.
Já que seu riso, ninguém imita.


Eduardo. Te amo querido. Vai com Deus, volta como anjo.
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