Poisé, eu sinceramente não tinha, e mesmo porque não via motivo para tal, NEM IDÉIA DO QUE SERIA a comemoração do dia de São Patrício.
Claro que eventualmente eu tinha ouvido falar, lido algo, ou mesmo assistido em algum filme europeu e até nos america-novaiorquinos que eu assistia. Sabia do que se tratava, mas ainda sim, a ideia não me parecia nada atraente.
Bom, esse ano as coisas tomaram outro rumo.
Nesse momento são exatas 10:00 da manhã e to montando como num complicado quebra-cabeças, as memórias de ontem.
O dia foi normal, monótono e animado, corrido e meio extenso infinito como todos os dias são.
A movimentação about St. Patrick's Day no Twitter e no Orkut deu a entender que a comoção pela data seria grande.
Ainda sim eu não dei muita importância, confesso.
Ocorre que já pelo fim do dia, o Giuliano, esse rapaz ai na pilotagem do veiculo:
Falou que ia ali no Dublin, (bar tradicional de Porto Alegre) com mais uma ou duas amigas e outros guris que a gente conhece de festas eu creio... não lembro bem mas, enfim; eu sai cedissimo, algo ali pelas 19:00 aqui da empresa e a gente se encontrou no Georges Pastel do bairro, infelizmente rápido demais pra que eu pedisse um pastel daquela casa demorada que só ela.
Com certa pressa, na ilusão de que iríamos conseguir entrar no Dublin a gente correu até o estacionamento do HSBC em frente ao parcão, deixando ali o carro e subindo até o bar.
Hum.... como explicar?!?! Sabe gente? Mas assim, acumulo de gente. Poisé, mais que isso. Muito mais que isso. Tava cheio mesmo. Fila contornando a quadra e larga, não indiana, comportadinha com um atrás do outro esperando pacientes, mas constituida de "rodinhas" de amigos, todos sem exceção, trajando verde em alguma parte do corpo e em sua grande maioria, bebendo Heineken ou Stella Artois, ou (e principalmente essa) Guinness.
Garrafas, copos de chope - é assim que se escreve, são copos-de-meio-litro na Alemanha - com seus colarinhos brancos, espumantes, sem bolhas grandes, uns mais cheios outros já vazios com mas ainda com a tenra espuma branca, todos os goles gelados, os rostos felizes, as conversas animadas. O verde. Ah sim o VERDE!!!! Maravilhoso verde. Que noite!!!!!!
Aquilo sim, me animou muito.
Claro que meu animo não vacilou ao ver que entrar no Dublin era tão impossível quanto criar uma réplica do Titanic usando palitos de dente.
Acabamos, por sugestão do Giuliano, indo pro Caminito. Alguns metros antes do Dublin e tão ou mais interessante quanto.
Bebemos uma quantidade razoável de Heineken antes que as gurias chegassem - Lindas elas por sinal.
Ficamos com elas ali mais um pouco. Afinal, era dia de São Patricio e tinhamos que comemorar sei -lá-o-que... Regados com a verdinha: Foi o que fizemos.
Depois dali ainda, acabamos indo pro Segredo. Ali na Lima e Silva, uma das melhores casas de Porto Alegre diga-se. Gente bonita, ótima musica, atendimento sensacional, me chamam pelo nome e sabem até o que eu bebo. Combinemos que não seja muito dificil de esquecer.
Dali em diante, junto com o Giu e as gurias, eu que nessa altura já titubeava no Português e arranhava legal o disco pra falar, encontrei alguns amigos que a tempos não via, outros fotógrafos e muita gente da qual senti falta na noite...
Noite insana com direito à piadas sobre minha camiseta "meio justa" demais pros atuais 72Kg.
A autora da piada, Julie, muito bonita por sinal... acabou me encurralando num canto do camarote em que subimos e se aproveitou do meu estado "debilitado" pra abusar da minha inocencia.... Mas isso é história pra outra hora.
Dali pro Méquidonaldis.... do MC pra casa delas onde só as deixamos dessa vez e no caminho de casa, ambos meio tchucos ainda falávamos sobre os aureos tempos em que a gente fazia dessas indiadas, noites de fotografia em alguma casa noturna de Poa regadas de alcool e rodeados de mulheres lindas...
Bons tempos que prometem voltar.
Ali pelas 5:00 da manhã consegui dormir. Acordando em seguida às 8:00 pra que desse tempo de tomar um banho e vir trabalhar.
O banho não teve o efeito esperado de despertador pra realidade.
Ainda sim ajudou a amenizar o efeito carrossel na minha cabeça.
Coloquei a calça sem pressa, a camisa amassada que por milagre não fedia a cigarro, catei um óculos no fundo da mochila que estava recheada de casaco, camisinhas, um par de meias limpas e um copo que eu "ganhei" ontem. Lindão ele né?
Catei ali o óculos, sai despretenciosamente pela porta sem fazer ruido e fui pro Hall do edificio onde o sol preencheu toda a entrada, inundando meus ollhos com luz, muita luz. Suportei, respirei fundo e encarei a rua.
Mas senti que precisava de algo ainda.
Passei no Zaffari e usei meus ultimos centavos do cartão pra comprar duas Heineken que bebi rapido quase no "gut".
Entrei no onibus satisfeito e sorridente. Parte pelas lembranças parte pelo alcool que ainda corria nas veias.
Agora são 12:35. Daqui a pouco vou recuperar alguma energia com comida.
Desde que comecei a me alimentar melhor e ganhar peso, as coisas ficaram mais simples. O que era pra ser comum parecia impossivel... mas, aqui estou eu.
Dia feliz...
Mudanças.
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