Do concreto ao abstrato

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009 by AlphaMale
Desconfio de tudo que posso entender, por isso mesmo nem sequer me atrevo à explicar o mundo e conceituar as ações dos homens. Isso é o mundo como se projeta, aquilo que se vê, é só o bastante pra que estejamos satisfeitos em assitir e comentar.

Aliás, que atitude mesquinha, justificar a guerra e o amor .
Tentar deliberadamente obter algo pra si mesmo e nesse processo que outro seja obliterado sumariamente. Inaceitável.

O amor, pior ainda, as pessoas tentam compreender algo que deveriam sentir. Quando é explicado ele torna-se um amontoado de palavras e deixa de brilhar num olhar inesperado, ele deixa de te causar aquela tempestade no estomago, como podem tentar entender quando Deus une duas almas?

Amor não é unilateral, pode ser disseminado e espalhado e é isso que o mantém, é indivisivel e ainda sim infinito, deve ser usado pra que continue a existir.


Sócrates dizia, segundo platão, que é inato ao homem poder julgar o certo e o errado, e mais, referia-se à isso como uma forma de consciencia, talvez o primeiro ensaio sobre uma alma imortal que transcendesse a ídea do divino. Existencia mundana e sobrenatural.

Nisso, apenas tento justificar aquilo que não compreendo, até porque, seria por demais simples falar do que é compreensivel e deixar de lado os mistérios da vida.
Sabe que, sempre pensei na vida como uma sucessão de fatos consequentes de ações primárias isoladas. Isso até conhecer fisica analitica e logo depois a
teoria das cordas que me clarearam a visão turva sobre essa experiencia fundamental. À essa teoria em particular eu devo minha vida, ela mesmo não sendo ainda totalmente aceita pelo meio acadêmico, justifica em meu coração com todas as provas que existir e viver são coisas desconexas.

Diz ainda que além é claro da gravitação quantica (:P) ela pra mim, justifica as leis da ação isolada e da reação proporcional. Me fazendo merecedor das boas horas e estando à mercê das minhas próprias escolhas, assim moldando meu julgamento e me tornando o que eu sou hoje. Esse modelo pomposo e arbitrário de homem.

Assim, essa eterna alma aqui dentro, que moldada pelo caráter pré definido de Sócrates caminha na fina linha do momento até o incerto horizonte desenhado em giz lá no fim da estrada.

Sem duvidas eu de alguma forma mereci ser punido por acreditar em um amigo, que depois percebi, não era amigo. Eu mereci passar o melhor reveillon da minha vida do lado de pessoas que à muito pouco conheço e mereci também cada riso da minha filha que é a coisa mais perfeita que Deus poderia conceber.

Mereço ser feliz, enfrentar essas momentaneas explosões de confusão nessa cabeça como uma pessoa normal.
Ainda que eu seja uma bomba relógio, com prazo pra explodir. Mereço viver esse tempo entre nascimento e morte com alguma dignidade e egoísmo.

Ora, porque não ser um cara comum? Um cara simples....




A Karo me disse a bastante tempo que tinha uma música que, nas palavras dela era muito "eu " e a letra dela diz isso:

If I was a simple man,
Would we still walk hand in hand?
And if I suddenly went blind,
Would you still look in my eyes?
What happens when I grow old?
And all my stories have been told?
Will your heart still race for me?
Or will it march to a new beat?
If I was a simple man

If I was a simple man,
I'd own no home, I'd own no land
Would you still stand by my side?
And would our flame still burn so bright?

Sometimes I wonder why,
I'm so full of these endless rhymes
About the way I feel inside
I wish I could just get it right

If I was a simple man
And I could make you understand
There'd be no reason to think twice
You'd be my sun; you'd be my light
If I was a simple man...
If I was a simple man...

Sometimes I wonder why
I'm so full of these endless rhymes
About the way I feel inside
I wish...
Sometimes

De fato, nunca vi antes numa melodia, somada à uma letra simples, tamanha semelhança com a minha vida, os meus medos, a minha solidão projetada numa música simples. Contundente de fato e tão sussurada. Me lembra mesmo as composições que eu escrevia na época de banda. Coisa de quarto e solidão que só entende o mais notívago dos homens. Essa é mesmo a MINHA musica.
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1 pessoas leram::

Cam disse...

menino, não sabia que eras tão profundo, NÃO VISITE MEU BLOG, ELE É PRÉ-ADOLESCENTE DEMAIS ¬¬ ok?
parabéns, saudades, beijinhos :D

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