Sinais. Teoria do Espiral e a recompensa.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 by AlphaMale
Meu estimulo ao post de hoje veio desse curta.
Além dum contexto bem próprio, é lucido e cheio de situações familiares pra mim.
Mas vamos ao momento confusão mental da semana.

A teoria do ato, presente e do fato, pretérito, frequentemente me tira o sono. O lapso temporal que define a impressão de tempo passado é uma linha tenue à qual chamamos momento.
Existe uma inércia, entre essas duas partes que compõe o que chamamos de instante, antes e durante. Essa inércia é resultante das forças que geram a ação e tudo que transcorre após ela.

Não existe ação isolada, ou ainda uma consequencia que não seja precedida de um ato. Diferente da ídeia de abiogenese, donde provém a teoria de geração "espontânea"
algo que eu costumo chamar de teoria da espiral, (outro dos meus estudos que não vai dar em nada mas...) onde um ato desencadeia naturalmente uma reação que por sua vez gera outro.

A Espiral factual é um micro sistema onde se ignoram as origens da ídeia ou do estado que gera um "primeiro" ato, tendo esse como isolado e ocupando uma das extremidades da espiral.

Segue-se à este primeiro ato, uma sequencia geralmente anacrônica pois leva o individuo à imaginar as consequencias de seu ato e assim pressupor sua cadeia de acontecimentos.
A isto damos o nome de planejamento.
Na outra extremidade da espiral factual temos a finalidade, ou o fim. A idéia de que os meios justificam os fins é bem aceita nessa situação, já que desde o ato primeiro até a
concretização da ação e seu ponto final, temos uma idéia de que:

1 - acto = facto - momentum
logo


2 - momentum - facto = acto
assim

3 - facto = momentum + acto



Aí que entra toda a matemática complexa da coisa. A geração de um momento, é dependente da variavél tempo, aquele lapso temporal ao qual e referi ante, o instante, é justamente o interin entre um ato e um fato.

Dentro da espiral factual, existem duas sub-divisões:
Actum e factum, esta é uma subdivisão formada de dois elementos coexistentes e simbionticos um gera o outro aleatóriamente e de forma sequencial e cronológica, onde da mesma forma que não se colocam dois corpos no mesmo espaço ao mesmo tempo, tambem
não há forma de actuação concomitante.

Momentum é a outra subdivisão da espiral, nela existe uma equação que denota pausa, ainda que esta seja meramente uma impressão.

O problema desse meu sistema dinâmico complexo, como todos os sistemas dinâmicos, é que os resultados podem ser instáveis no que diz respeito à evolução temporal e não obstante e contraponho a teoria da relatividade duma forma ferrenha.
Paradoxal essa coisa toda, uma vez que a teoria que fundamenta as cordas, é a da relatividade.
Me confunde muito isso tudo...

Mas aos bravos que até aqui chegaram, soluto toda a coisa.
Acontece que tenho me enrolado numa sequencia nada convencional de situações não lineares.
É nessa paridade de coisas paralelas na minha vida que eu to preso. Não consigo simplesmente me ater à uma unica pessoa, ou um unico lugar, preciso dividir minha atenção e meus sentimentos. Enfim, me dividir entre tudo.

Amigos, amigas, filha, projetos, laboratório, loja, fotografia, cerveja, pizza.

Vez que outra, penso. Sim sim, eu penso as vezes e questiono. Muito, tudo que me trouxe até o presente momento. Cada Facto, cada acto.
Momentus oportunus.
Como sempre defendi, a coisa toda é muito cíclica.
Hora to bem, hora não to.
É meu jeito, esse manélismo em mim é natural. As pessoas esquecem com o tempo que eu su abstraido e tonto pela própria natureza e as vezes acabo magoando gente sem querer,
não sou um cara ruim, até que eu so bonzinho vai. Eu mais me fodo pelos outros do que o inverso. As vezes as pessoas esperam demais de mim isso é normal, eu também projeto em algumas pessoas.
Mas não cobro, não é direito esperar de alguém a mesma dedicação, reciprocidade não é nem deveria ser uma parâmetro para definir se uma amizade é verdadeira ou não.
Eu amo meus amigos, todos individualmente e de uma forma especial e única. Alguns de uma forma que eu nem sei explicar e só sei que faz uma falta enorme ter aqueles bom-dias e te amos na minha tela.
Ver essas pessoas menos ainda, cada vez me sobra menos tempo de "estar" com essas gentes.
Mas sentimentos independem da geografia e da logistica.

Qual o valor do tempo? Discorri algo disso com o Raff, aliás, que figura emblemática. Sinto que é um dos que faltava na minha vida, alguém com quem eu posso comversar minhas pirações sem receber aquele olhar de
watta fuck...
temos ai nossas idiossincrasias, fotografia, filosofia, fisica, idiomas... cara gente boa mesmo. Sinto nele essa espontanedade sincera que eu tanto procuro nas pessoas.
Só nós mesmo pra discutir existencialismo tomando um mate num calor de 30° no meio duma Rave, alternando momentos de captura photolitica.

Não sou pretencioso ao tentar pela matemática prever um pensamento supostamente aleatório. Se Einsten e Langevin tentaram...
Ainda vou finalizar aquelas equações fundamentais que simulam esses sistemas lógicos.
Aliás, de lógica estou bem, nenhuma possuo.

Do nada algo novo e incrivelmente fantastica... errr. Digo, ahn, fantástico, surge e me surpreende.
Algo de que de certa forma, exatamente o que eu procurava, sem tirar nem por.

De fato, as vezes, Deus recompensa os meninos bons.
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Um pato chamado Duck [herança e separação]

sábado, 7 de fevereiro de 2009 by AlphaMale
- eine Ente ist nur dumm!
Eu disse em alto e bom som pra que meu pai entendesse a raiva que eu sentia dele naquela hora.
- Não filho, não é uma estupidez, este é o Duck, ele é magico!!! Sempre que você estiver com ele, eu também vou estar.
....
Besteira.
Ele se foi e me deixou ali, deixou-nos melhor dizendo.
Duck era só quem eu tinha naquela hora, estava anoitecendo.
Quando o frio começava a castigar de leve e o vento batia as janelas de madeira rangendo as dobradiças meio enferrujadas minha mãe chegou.
- Ist er weg?
- Jetzt. Eu disse cheio de lágrimas ainda segurando pelo braço aquele pato beiçudo, amarelo de bico branco e olhos castanhos.

Ela sabia que esse dia chegaria, eu é que ainda vivia iludido com a idéia de que as coisas pudessem mudar e minha família ficasse junta.

- Los geht's morgen. Sie müssen Studie.
Dieser Betrieb ist nicht für Sie!

Só acenei com a cabeça e me virando fui deitar ajeitando o pijama largo de calças furadas que minha tia insistiu pra que eu aceitasse porque meu primo já não as cabia usar tamanho trapo.

Entrei num onibus pela primeira vez que me lembro de ver outro cidade que não aquele amontoado de concreto e cercas de arame da Munich fechada.
Chão batido e carros, pessoas com jeans e camisetas. Prédios com estilo gótico, igrejas católicas e protestantes aos montes e logo asfalto, preto e ruidoso com o chaqualhar do onibus.

Intermitentes andantes e transeuntes amotinados... só indo e vindo.
Essa é a capital. Ali eu ia estudar, se seguisse a tradição da familia, logo viraria padre e seria mais motivos de orgulho eclesiástico e a liturgia de domingo teria voz nova nas preces matinais e vespertinas.
Não que eu suspeitasse ou mesmo concordasse com as decisões da minha mãe mas, nem eu nem Duck, encharcado de lágrimas, conseguíamos fazê-la mudar de ideia.
Meu pai tinha saído de casa aos meus 6 anos. Eu que nunca tinha saído daquela fazenda, descobri que tinha irmãs me esperando, fruto de um relacionamento extra-conjugal não muito bem sucedido da minha mãe, não que na época eu soubesse de que se tratava extra-conjugal. Mesmo hoje não sei se compreendo.
Seguíamos os três, mamãe, o pato e eu pelas escadas da Borges de Medeiros até chegar na igreja lustrosa e Valenciana do século XIX.
Pde. Medencio nos recebia com o sotaque típico da nossa raça, cheio de x e jotas com sons de z. Sua batina roxa indicava quaresma. Não comia carne e nem queijo nessa época, mas pra me fazer parar de chorar minha mãe me comprara um sandwich fresco com suco de laranjas.

Medencio me afagou os cabelos carinhosamente com um sorriso espirituoso na face ao dizer que eu seria um grande padre, coisa que logo depois eu entendi.
Tudo isso, porque meu pai, aquela coisa miserável e cretina nos deixara sem um tostão num país onde eu nem sequer sabia dizer bom dia.

Dali pra casa da mãe da minha mãe e dali pra uma peça nos fundos desta. Um retangulo de 2x4 que mal cabiam nossas camas e um armário da minha tia onde nossas roupas poucas ficavam dobradas e atulhadas com pastilhas de naftalina barata.

Duck dormia comigo noite após noite, sempre me escutava e não parecia se importar com o fato de que eu nem lhe dava tempo de responder porque falava demais e já que só ele era meu amigo e me entendia, não havia motivos pra que discordássemos sobre as coisas que ocorriam.

Aprendemos português, matemática, bicicleta e pipa juntos. Ele não gostava de aparecer na frente dos outros e por isso mal saíamos de casa. Eu cursei o primário em tantas escolas que quase não me lembro, além da barreira do idioma, meu temperamento era desregrado e eu me revelava indisciplinado por achar que os conhecimentos que me eram passados não estavam de acordo com o que eu deveria e poderia exercer.
Duck me dizia que poderíamos fazer muito mais e eu sempre analisava a sintaxe dos textos de assis enquanto as crianças do meu colégio aprendiam a separar silabas e pretendia dar um jeito nas emissões de CFC enquanto se jogava bola nas ruas de pedra da Cidade Grande.


O tempo passava pra nós dois por igual, mas cronologicamente eu sentia mais que Duck, ele permanecia ranzinza e rabugento, beiçudo como no primeiro dia em que nos vimos. Eu já sorria as vezes, ganhara um outro pai e irmãs com quem eu consegui descobrir o amor.

Eu cresci e ele se tornou cada vez menos actuante no meu dia a dia até que relutantemente foi parar num fundo de armário qualquer...

Quando no enterro da minha vó eu comentei que Duck sentia saudades do meu pai ele só me perguntou:
-Quem?
Ali eu desisti de entender aquela mente perturbada. Só pode ser genético esse desapego.

Ele não parece ter encontrado razão ou sentido na paternidade. Ao contrário de mim que encontrei toda lógica em ser pai. Eu que descobri meu coração batendo fora do peito no sorriso da Isabelle, sei que não posso existir sem que ela esteja ali. Sem ver aquele olhar pidão e os louros cabelinhos enrolados da minha pequena monstrinha que atualmente numa prova de herança genética começou a manifestar sua veia artística desenhando nas paredes e geladeiras e máquinas e tudo mais que estiver ao alcance dos curtos bracinhos brancos e gordinhos.

Todavia, meu chão se desfaz com a facilidade de um tornado quando descubro que logo vamos nos separar.
Ela vai se criar longe de mim. Não há nisso, não tentem mais me convencer de que há pois não há nisso, qualquer coisa de positiva. Sei lá quantas centenas de Km nos irão deixar distantes e meu já escasso tempo só vem a Foder de vez pra que consiga passar alguns minutos com essa criatura a quem eu amo no mais amplo sentido de todas as coisas.
Ela crescerá sem a minha (positiva ou não) influencia, vai se criar com outras pragmáticas experiências que não compartilharei com ela.
Vou me restringir a umas poucas visitas que minhas obrigações vão permitir.
Só penso e largar tudo pra que possa ir pra perto dela evitando assim essa morte anunciada.
Me diz que vazio disposto esse que se avizinha sem minha filha aqui.
ME DIZ QUE DOR MAIS QUE INFINITA EU POSSO SUPORTAR SEM O MEU SOL O MEU AR.
Não nem vou, tentar, justificar ou racionalizar essa perda. Distancia mascarada em perda. Será que ela vai me amar como agora? Não seria eu um idiota ao desconfiar do amor que EU SEI que ela tem por mim.
Que tipo de "duck" eu daria pra ela que nem me entende direitito.

Me separar da minha filha é a maior sacanagem que alguém poderia fazer comigo.
Que animo eu vou ter pra viver cara. Já me bate com facilidade um desespero em não dar certo nada que eu quero.
Como eu vo fazer pra tentar ser alguém na iminencia de perder o meu motivo de existir.

Que herança deixo pra minha alemoazinha dos olhos de mel...

O Duck ainda existe viu, tá ali no canto da minha atual cama perdido naquela casa imensa. Por muito tempo ele sequer me olhou nos olhos.... ainda esses dias nos falamos...
ambos temos muita cumplicidade no sofrimento que meu pai causou, mas ele me deixou algo bom. Minha vida, a única coisa que é minha e sob a qual eu posso exercer minha liberdade e minha existência, aquela coisa que me permitiu conhecer a Luane e tornar ela mãe assim como eu me tornei pai, realizar meu maior sonho e ser um cara completo por si só.

Amar, eu amo. Mais que todo mundo junto. Sofrer, eu sofro. Mas sozinho.
Agora, mais sozinho que nunca.
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ensaio sobre a prepotencia e a preponderancia

domingo, 1 de fevereiro de 2009 by AlphaMale
vagarilho, ando bundo, solitário por seu fim.
Ando só pois neste mundo, ninguém há pra andar por mim.
Comigo, tudo que eu queria, uma cópia de mim mesmo, pra que ainda que não eu conseguisse ser o que menos precisava e mais queria assim.
Pra que seja completo, eu, id egoísta e egocentrista, preciso que por mim me baste, e busque noutrem uma nova intrsecção. NÃO HÁ QUEM VÁ OU CONSIGO PRA SEMPRE, ENCONTRAR-SE EM OUTRO CORAÇÃO.

Se paro reparo, se disparo, imagino. SE CAMINHO, BATO PÉ, SE CAMINHO, ACEITO AQUI,UM DESTINO.
Falhei, admito. Mas é tudo supressão de momento, supensão de sentimento e o tempo te pregando peças pra que acredite, e acredite, ele consegue.
Que no fim é tudo tão simples como evitar a explosão cortando no meio o pavil da dinamite e dali se prosegue.
Sabe onde pode te levar uma viagem???
Lugar algum se você esquecer de na janela sempre olhar a paisagem.
Sou eterno passageiro. Sempre fui assim. Me pergunto quando vou de novo assumir aquele voltante que ali na frente espera por mim.

Vê quão belo é o sofrimento do poeta, que desconhece o som da própria voz, poise tudo que sente escreve e despeja sobre nós. Criatura feita de dor, cercada de amor.
Sozinha entre a multidão e que somente muito doidivana pode contemplar sua dor.


Tropeço, peço que não se repita, pois o trapiche desse coração, está numa pequena palafita.
já encontrei ou vi [ouvi] ali que meu coração é um porta aviões, perdido no mar esperando alguém pousar, meu coração é um porto, sem endereço certo, é um deserto em pleno mar.

Fala em prosa decrepto resto, te sobrará sempre a poesia até o te fim breve e funesto.

Sejamos realistas e isso nada mais é do que a forma como encaramos a realidade.
Se por fim sozinho for. Que seja o bem e o .....///Ah, quer saber foda-se mesmo.....
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Quem sou eu

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Machista, idealista, mercenário, iconoclasta. Um psicopata? Viciado em mulher, chimarrão, cinema, música, fotografia, ficção científica e cerveja. Bio: “Estudando a ordem dos animais superiores e sociais (lobos, primatas, etc.) o macho alfa é o líder. Ele tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura. Geralmente solitário, demonstra sua autoridade jamais permitindo que os outros animais se insurjam contra ele. É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. Freqüentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais” Sou viciado em adrenalina, tal como se fosse isso um soro de sobrevivência. Ex seminarista, ex físico, ex marido... Pai por escolha e geneticamente predisposto à calvice. Sim sou eu.

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