Foi

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009 by AlphaMale
Um daqueles sonhos felizes que te fazem acordar triste.
Acordei com um sorriso tão largo querendo abraçar minha realidade passada que ao sentir meu braço no vazio da cama, só me sobrou uma lágrima.
Talvez ali fosse o que me faltou sempre.
Acho que ninguem melhor traduz isso.
Eu que nunca amei, ali tive o amor. Eu que não percebi, que era eu. Eu que não quero mais amar.
Eu que ainda amo. Mas de tanto negar consegui não perceber nem ligar, já que fiz um sentimento se transformar em motivo pra ter medo.
Não adianta, vou estar pra sempre ligado à esse amor que é real, que foi bonito que foi forte que ainda existe....
Mas que não se realiza em nenhum mundo além dos meus sonhos.
Que me sobra?
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Em Demasia

segunda-feira, 30 de novembro de 2009 by AlphaMale
Oi.
Eu sou um intruso.
Sou abstruso e sei que isso é um abuso mas, não vou demorar.
Se eu te distraio enquanto te uso, você nem vai notar.
Espero que não se importe, que eu me comporte e finja acreditar.
Vou usufruir, te fazer ruir e te destruir com todo o prazer.
Se faz de conta, satisfaz, dá conta de mim. Desfaz desmonta e afronta só pra provocar.
Se não falar posso enlouquecer.
Ou explodo ou explico.

Minha inocencia foi ter acreditado na inocencia dos outros.
Se eu fosse breve, seria tedioso.
Sou cético, fixo.
Objetivo, prolixo.
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Intens(a)idade

sábado, 7 de novembro de 2009 by AlphaMale
Eu sou, aquela placa de PARE ali na esquina, te dizendo pra seguir.
Desculpe minha ignorância. Minha arrogância é sinal de emergência.
Minha prepotência é um mar de temperânça.
Minha indignação é sinal de dignidade.
Não vou me meter. Com coisas fúteis, palavras inúteis nem com idéias bastardas.
Gosto de frases com autor, de beijos sem amor, de dores de cabeça e copos meio cheios.
Sou dos medos mais estranhos, das perdas e dos ganhos sem recomeço sem recompensa.
Entre o estar e o ser eu prefiro o tornar-se.
Esses verbos, tantos. Todos assim conjugados.
Uns correm por pressa. Outros por prazer.
Uns correm de carro, outros de tênis.
Uns correm pros braços, outros pros abraços.
Moro naquela ilha cercada do mar de confusão. Nas imediações de lugar nenhum e como qualquer um estou sozinho e cercado de tanto "eu" que me perco nas idéias de todo mundo.
Eu sou uma chuva de balas perdidas.
Um vicio antigo que voltou.
Uma doença nova que você não tem.

Nem eu sei, nem você.
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Impossibilidade

quinta-feira, 5 de novembro de 2009 by AlphaMale
Não conseguia descrever, nem circulos perfeitos nem amores perfeitos.
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Era um balaio de sentimentos

by AlphaMale
Tinha ali velhos amores.
Amizades compradas.
Orgulhos feridos e saudades matadas.
Sonhos melosos e idéias frustradas.
Tinha orgulho novo, pimpão e sem causa.
Tinha inveja branca, risada amarela e solidão.
Tinha vergonha alheia e amor próprio.
Egoísmo e receio sem razão.
Indiferença, insensatez ignorância e estupidez.
Riqueza material, pobreza de espírito.
Tinha amor bonito. Tinha ódio de morte.
Tinha fé enferrujada ao lado da descrença amargurada.
Tinha derrota amargada e vitória roubada.
Acima delas brilhava uma sinceridade perene, uma verdade absoluta e uma mentira isolada.
Num cantinho ali embaixo, a miséria estava esgotada.
Diante delas todas, a beneplacencia, a complacência, a calma e inocência.
A mais rara delas a paz, estava em falta a tempos.

Eu aqui, parado, com alguns trocados no bolso, decidindo o que vou comprar pra minha vida.
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Era uma quimera

quinta-feira, 29 de outubro de 2009 by AlphaMale
Não porque fosse parte um e parte outro.
Mas porque não sabia onde começava nem onde ia terminar.
Cortava as palavras e as pessoas com precisão cirurgica. Entrava nas vidas como um anjo, saia como um sequestrador.
Violentava as idéias... corria pelas horas. Dormia nos cantos. Observava os passos calculando os sonhos.
Sonhava acordado e fazia juras.
Primitivo e promissor, tinha um futuro clássico.
Era sóbrio. Poderia escrever numa arvore ou rasgar um livro. Poderia matar o tempo ou curar as mágoas.
Tinha nas mãos mais que tesouras e agulhas... eram corações. Eram orações cheias de esperança.
Que esperavam por uma dança, como no primeiro baile de primavera.
Primtiva quimera.
Era assim um bicho estranho, com cara de santo e cauda de belezebu.
Destruia tudo que tocava pra poder reconstruir. Era arquiteto, engenheiro, de coisa alguma.

Era louco e as luzes não acompanhavam seu pensamento nem as vozes lhe alcançavam o ouvido.
Viu passar as horas e os dias como sombras rápidas com um sorriso psicótico e permanente na face.
Tinha medo de não ver. Vergonha de não amar.
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Compre endo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009 by AlphaMale
Sou, verbo transitivo. Direto.
Faço, quando quero. Quando quero.
Poupe seu tempo e o meu. É a lição mais importante de economia que eu posso dar.
O problema não tá no que eu sou. Mas no que querem que eu seja. Entende?
Me aceite como estou. Sempre vou mudar.
Se quiser emoção e aventura, compra um video-game. Sou humano, não tente me comprar.
Se quiser algo perene, compre uma pedra. Se quiser segurança, uma porta.
Se quiser sempre saber onde as pessoas estarão, compre peixes de aquário e se precisar de carinho, reze pra nascer um cachorro na próxima vida.
Você não pode ir pra padaria comprar pão e chegando lá pedir por sonhos. Sonhos fazem mal.
Pros dentes e pra cabeça. ;)
Ninguém sabe mais o que quer. Querem solução sem saber o problema. Querem cura pra qual mal?

Se não pode aceitar as regras, saia desse jogo.
Se já falhou uma vez, vai falhar sempre. O problema não é errar, é não reconhecer os seus erros.
Insistência e persistência não são sinônimos.
Não é errando que se aprende. Chamamos as falhas alheias de erros e as nossas de experiência de vida, mas isso só reflete nosso medo em aceitas as próprias deficiências.

Ainda acham que a resposta pro vazio que sentem, está em alguém além delas mesmas.
Somos criaturas completas. O problema tá em se sentir uno, completo, independente.
Não se vê mais individualismo. As pessoas são egoístas, não egocêntricas.

É uma questão de logística, preciso pôr as coisas em seu devido lugar.

Cobre mais de si mesmo, menos dos outros.
Ou isso ou se conforme em reclamar.
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Reticente.

sábado, 17 de outubro de 2009 by AlphaMale
Eco...
Silêncio.
Paciência...
A certeza de quem eu sou, entende?
Não olho mais pro céu. To olhando o chão e vendo onde vou parar.
Cheio de satélites ao meu redor, mas nenhuma luz a me cegar.
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No frio

segunda-feira, 12 de outubro de 2009 by AlphaMale
Pra ler escutando essa música
A boca rachada.
As pontas dos dedos cortadadas, nos bolsos das calças apertadas.
Se eu talvez não for mais um como os outros.
Se eu não for mais só um dos teus brinquedos.
Não vou desistir afinal. Autruismo é uma cama sem colchão.
Eu ainda penso que posso esquecer e sempre acho que o mais fácil é conviver com a sensação eterna de que um dia eu te esqueço.
È mais simples só que contigo. Digo até que é mais feliz.
Meus heróis, o que eles teriam feito???
Sei lá, essa minha deficiente vocação pra monogamia as vezes me faz perder a paciência.
Mas to mudando.
Tô me mudando, tô mudando a mim mesmo.
Mudando de casa, mudando sem rumo certo.
Devo ter algum tempo sobrando ainda. Tô esperando pra ver no que vai dar.
To caminhando em direção ao espelho.
Vou me enfrentar de peito aberto. Acho que posso vencer a morte.
Medo eu já tive, cedo eu descobri que medo é um brinquedo de adulto.
A gente brinca com o dos outros e vence.
Se jogamos com o nosso no máximo empatamos.
Volto lá praquele canto, onde eu tanto te esperei. É meu quarto esse tanto assim de solidão que hoje eu sei, vai passar.
Igual o tempo.
Mais pra mim que pra você... sempre mais, sempre mais do que eu posso querer.

Tenho sempre mais a oferecer.
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Estávamos

quinta-feira, 8 de outubro de 2009 by AlphaMale
um de cada lado da tela. As mãos digitavam num frenesi paranóico e ansioso.

Cada qual à sua maneira. O seu medo pessoal e imediatista de não perder o amor próprio virtual que se criara daquela forma tão inesperada.

O suspiro dela ao me apertar as mãos era tão terno que me lembrava os musicais dos anos 30.

Não acreditei em nenhuma palavra do que ela me disse.
Amei platonicamente e uma só vez.
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Circunstância 2

quarta-feira, 7 de outubro de 2009 by AlphaMale
Não acredito no semáforo. Não acredito no guarda chuva.
Não guardo mágoa.
Minha paz está escassa, minha arma é uma mordaça e minha sorte uma desgraça.
Confio mais em ti do que no que eu sinto por ti....
Resumindo, é a hora perfeita pra perder a fé.
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Circunstância

by AlphaMale
Oscar Wilde reforça minha máxima:
"Não se pode haver amizade entre homem e mulher. Pode haver paixão, hostilidade, adoração, amor, mas não amizade"
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Espero que eles sirvam cerveja no inferno.

terça-feira, 22 de setembro de 2009 by AlphaMale
É pra lá que vou acabar indo por certo.
Poderia dar o troco e pagar na mesma moeda. Mas prefiro dar o beneficio da dúvida e acreditar na tua inocencia, à me culpar por ter certeza.
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Saiu...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009 by AlphaMale
Tava assim, meio que preso na minha garganta.

Mas se ordenou. Melhor, se ordenaram. Ao menos que aparentemente, tão ali. De forma que eu mesmo possa ler e entender.

Tudo graças à uma conversa, rápida e rasteira de duas bestas...
duas feras sedentas do sei-lá-o-que.
A sacha... dona dos blogs

http://vidavitraux.blogspot.com/

http://meiotermozero.blogspot.com/

E eu. que cá vos falo como sempre.

Valeu Sacha.
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Nas nuvens

by AlphaMale
Pra ler escutando essa música .

As idéias de felicidade, as esperanças e os sonhos todos, ficam numa nuvem, de lá, nesse outro canto acima da minha cabeça se confundiam.
Se enfrentavam esperando a hora de chover.

A cada choque delas... Um raio iluminava na janela. Eu sentado na cama. Nem sabia mais a cor dos teus olhos.

O que eu faria se estivesse no meu lugar?

Queria dizer algo pra ti mas o meu telefone parece que me contraria porque não quer te ouvir.

Eu estava assustado porque minhas pernas pareciam enterradas no chão. Eu tava preso naquele lugar comum onde costumava correr.

Se eu não tiver o que falar, é melhor ficar quieto. Ou aprender a fazer algo melhor com a boca.

A vida dá poucas oportunidades de realmente fazer algo bom. Não quero estragar tudo sendo ansioso e fazendo merda por não saber esperar.
Quando a hora chegar, ela vai trazer... prazer e dor.

Como sempre fez.

Nenhuma glória vem sozinha. Cada uma traz no seu sabor, um aroma de tormento.
Que vem antes ou depois. Mas sempre vem.
No pain, no gain.

Quis te ganhar, mas me derrotei. Agora não tenho nada. Nunca tive. Sempre fui pelo hoje. Sou o hoje. Faço o hoje. Ou nem faço mais nada.
A gente arrisca tudo sem ter nada. E tem tudo pra ganhar, mesmo quando perde.


Meu cabelo bagunçado assim como tudo na minha vida. Mostra que eu sei me virar sozinho.

Vou construir uma casa no meio da montanha, caçar minha comida e cortar meu cabelo. Feito. Estou completo.

O pior cego é o que não quer escutar. Já que não sobra ver, só posso mesmo esperar. Já que você me disse diversas vezes, sem sequer falar uma palavra. Que eu deveria ser sempre o mesmo. Mas não ser mais eu mesmo.

Aposto, que se eu tivesse feito igual, dessa vez teria sido diferente.
Eu quis ser pra ela algo que nem fui pra mim mesmo.
Quis dar o que ela não pediu. Acabei recebendo de volta.
E agora eu tenho contas à pagar.

Sou mesmo um eterno devedor. Sonego os impostos da culpa. Me desgasto mais do que me ganho.

Isso tudo enquanto nossa sombra, abraçados na rua, me segue com saudades....
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Era um dia de chuva e eu estava animado!!!

by AlphaMale
Mas fazia um sol de rachar.
Eu tentava me acostumar com toda aquela luz, e com a falta completa de vontade de sair de casa.
Tudo era uma mentira.
Eu era um cara tão falso olhando praquele espelho quebrado cheio de verdades. Que só conseguia repetir pra mim mesmo que não te queria mais.
Tudo me interrompia enquanto eu tentava me lembrar das coisas que tinha que fazer.

A ordem era simples:
-Acordar
Abrir os olhos;
reclamar da hora;
coçar a nuca com a mão espalmada (repetidamente em sinal claro de confusão, esse é meu charme)
Olhar o relógio 6 vezes antes de conseguir ler as horas
forçar os olhos como se eles pudessem parar o tempo pra eu dormir mais.

-Saindo da cama
pé direito, seguido pelo pé esquerdo (caso eu não tivesse invertido pés e cabeça durante o sono);
Coça a bunda, desatola a cueca;
até o banheiro o caminho parece sempre maior do que a minha vontade de fazer a barba;

-saindo do banho
lugar onde eu entrei com frio
perdendo mais tempo pra regular o chuveiro no quente do que me lavando...

assim eu sigo. Nesse caminho onde todas as vontades se perdem.
Aliás a vontade é uma merda mesmo. Pra que ela serve?
A gente nunca controla a nossa, nem a dos outros.


Se eu pudesse, te libertaria. Libertaria de mim.
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10-09

by AlphaMale
Não que eu não seja bom com as datas, ou os dados. Mas não joguei muito antes.
Então me lembro sempre no que pensei quando leio o que escrevi.

As palavras foram surgindo sem ordem na minha cabeça e como é de costume eu repetia as que apareciam em azul e vermelho, em voz alta pra tentar entender o que tinha escrito nas legendas desse filme que eu já vi um milhão de vezes sem entender.

Não foi surpresa ler teu nome escrito de trás pra frente. Como um adesivo do lado de dentro do vidro na janela da minha casa. Já que eu fechei as portas e não voltei mais no quarto onde a gente dormiu, acordou, amou e depois partiu.

Sei que não tem chave nenhuma nessas coisas que eu penso.
As palavras não vão me libertar dum lugar que eu não quero deixar.

Quando mais eu ando, mais aquela sensação de estar repitindo as ruas se manifesta.

Larguei todo o resto, que na verdade é tudo que não sobra. Afinal não é resto só porque não presta.

Nas mesmas ruas escuras onde ela não tá, eu dobro cada esquina no mesmo passo leve que sempre andei.

Se eu não tivesse te entregue os meus segredos. Talvez me sentisse mais seguro. Em saber que quando voltar, não vou te querer...
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Porcelana

quinta-feira, 3 de setembro de 2009 by AlphaMale
Nos meus sonhos eu estou morrendo o tempo todo
Quando eu acordo e a cabeça que está confusa
Eu nunca quis te magoar
Eu nunca quis mentir
Portanto isto é adeus
Isto é adeus

Diga a verdade você nunca me quis
Diga me

Nos meus sonhos eu estou com ciúmes o tempo todo
Quando eu acordo eu estou perdendo a cabeça
Perdendo a cabeça
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da Fé e sua necessidade.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009 by AlphaMale
"...Não sei em que acreditar..."

Mas cara - eu disse colocando a mão no ombro do meu melhor amigo naquele momento - acredita em ti mesmo... Esse é o primeiro passo pra te superar.

" ok, mas e se não der certo?"

Bom. Isso a gente tem que arriscar.

"... tá mais, eu acho que é muito arriscado, a gente nunca foi tão longe, podemos pôr tudo a perder e..."

Cala boca meo.. presta atenção, é essa a nossa hora. Só tem um jeito de ir além e nós não vamos recuar. Tem um motivo pra estarmos aqui e não vamos voltar atrás.

" ta certo... tu deve ter razão. Ninguem tentou antes mas afinal de contas, estamos aqui pra isso... Vamo nessa!!!"

Ele olhou fundo no vidro que se punha a nossa frente; respirou fundo e eu senti que ele tinha dominado os medos quando finalmente...

... Apertou o botão start e entramos na ultima missão de Prototype....


AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Sim somos reis... vencemos e debulhamos aquela máquina..
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um dos meus vicios

by AlphaMale
nao , não to falando de sexo, drogas ou roquenrou...

mas de uma das manifestações artisticas mais incriveis e talvez uma das mais elaboradas que há.

Stop Motion.

Aqui alguns dos videos que eu mais gosto:

http://www.youtube.com/watch?v=_wjF9vGGqNE&feature=fvst

http://vimeo.com/877053

http://vimeo.com/2416897

http://vimeo.com/993998

http://vimeo.com/2188162

http://vimeo.com/1185346

http://www.youtube.com/watch?v=o1GyJpnTN1I&eurl=http%3A%2F%2Fcapinaremos.com%2F2009%2F03%2F50-animacoes-em-stop-motion%2F8%2F&feature=player_embedded#t=36


http://www.youtube.com/watch?v=qHvb_3TVAfA

http://www.youtube.com/watch?v=p-dJ2r0bSQA

http://www.youtube.com/watch?v=vS2sc9-4UaI&feature=fvst

http://www.youtube.com/watch?v=YNudcX_uUwM

http://www.youtube.com/watch?v=IQDjynOzgCk

http://www.youtube.com/watch?v=Lc6U7_-BeGc

http://www.youtube.com/watch?v=rT7AH4JyuNs

http://www.youtube.com/watch?v=UG5gO4nlLRQ

http://www.youtube.com/watch?v=BUWkH5zfBC0


http://www.youtube.com/watch?v=hglVqACd1C8

http://www.youtube.com/watch?v=RiV_ue-PbL4

http://www.youtube.com/watch?v=BDvxH2fewL0


http://www.youtube.com/watch?v=G0LtUX_6IXY

http://www.youtube.com/watch?v=sOMFod_Qnhg

O melhor deles...
http://www.youtube.com/watch?v=4qsWFFuYZYI

Bom é isso ai. Não consegui os titulos todos mas recomendo...

Abrass
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tudo, menos o entendimento

sábado, 22 de agosto de 2009 by AlphaMale
sem romance algum. Sem notas de rodapé.
Sem páginas dobradas e sem rascunho.
Sem um até logo que justificasse e sem um motivo que eu entendesse...
A gente deu o mesmo tchau de sempre. Aquele mesmo que sempre dávamos pra toda tarde ter seu fim, esperando que o dia seguinte viesse.
Sem notar que ia ser uma ultima vez eu não falei nada que pudesse ser lembrado pra sempre até que o tempo como sempre, passasse. Daí já não tinha mais tempo. As vezes nem motivo pra te ver.
Embora a vontade, essa sempre me chamasse pra que eu te ligasse pra dizer qualquer besteira e te ouvisse rir daquele jeito quase infantil que eu tanto gostava de ouvir.

Foi, mais ou menos como deixar de sair pra rua. Porque daquele ponto em diante, todo tempo congelou e tudo permaneceu igual como era antes
...
Mas antes de quê??
Não leio mais, não canto mais e nem assoviar eu lembro bem comoé..

Não lembro mais de como eu era antes de você.

Vejo meus amigos dizendo que to melhor mas... sinceramente não sei.

A verdade é que fiquei mais criativo:
- Agora invento mil motivos pra não te ligar quando tem uma unica razão pra sentir tua falta.

Fiquei mais rapido:
- Porque corro todo dia das coisas que me lembram quando a gente tava junto.

Isso se soma às milhões de coisas que eu inventei pra construir muros ao meu redor. Mas o portão ainda tem o teu tamanho e o teu vulto à noite ainda me desperta de qualquer sonho.

Mas de todas as perguntas a que sempre me vem a mente primeiro é:
Teus pés ainda tão frios???
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70 anos do mágico de Oz (film)

terça-feira, 18 de agosto de 2009 by AlphaMale
Um dos livros que mais influenciou a minha infância.
Certamente um dos primeiros que eu li em Português e ainda sim compreendendo todo o enredo.
O primeiro que eu voltaria a ler periódicamente à cada 10 ou 12 meses pelos anos que se seguiriam.
Lembro que das duas primeiras vezes eu li uma versão adptada de 1929, com vocabulário arcaico e belissimamente ilustrado.
Capa em couro grosso tonalizada de azul celeste com uma Dorothy desenhada lindamente ao centro.
Após ingressar no colegial consegui acesso a uma versão em inglês. Fazia parte do acervo da Biblioteca municipal de Porto Alegre. Era de 1921. De fato aos 15 eu não tinha dominio suficiente do inglês pra entender todas as nuances daquela adaptação pré-guerra.

Mais tarde li pela quarta vez uma versão em Português de Portugal. Essa já re-editada e adaptada depois do acordo ortográfico de 1945. Tinha suaves diferenças nos diálogos. Mas ainda sim preservava a integridade dos textos. Essa no caso uma versão Lusitana. Afinal as versões européias deveriam ser analisadas, mas é complicado o acesso à essas.

Depois li uma edição da Scipione, encadernada. Quase educativa da década de 60. Engraçado foi notar a ausência de GRANDE parte dos diálogos que haviam nos titulos mais antigos. Em se tratando de ditadura, não poderia esperar menos dessa época nebulosa no Brasil. Mas era crasso e ficava óbvio pra qualquer um que tivesse lido anteriormente as adaptações às quais o livro havia sido submetido.
Antes tivesse sido taxado como subversivo e tirado de circulação.

Afinal ler aquela vazia e incompleta narrativa que se apresentava, era como julgar o céu inteiro pelo brilho duma unica estrela.
Não era nem de longe a brilhante adaptação de 1900.

Por fim na ultima vez que li uma edição nova, me dediquei a procurar as versões lite e infantis. Bom nessas não poderia espera que fosse aprofundada a história do Fake mago ou do balão ou da garota.. eram mais fábulosas e voltadas ao lirismo e não tinham nenhuma vaga idéia do existencialismo dos primeiros livros. Mas busco ainda a melhor delas pra logo poder apresentar à minha filhota.

Além dos impactos que me causaram essa fantasiosa leitura. Ainda criança eu descobri que haviam feito um filme.

Nesse interim, tive o prazer de ser apresentado ao filme de 1939. Graças a uma ex-namorada, a Fernanda, talvez a guria mais cabeça com quem eu tenha tido o prazer de ficar;
Bom ela me trouxe o DVD eu tinha lá pelos meus 17. Recém saido do seminário. Tava verde ainda sobre essa versão da qual eu tinha ouvido tanto falar.
Mas que minha mãe considerava muito inadequado pra mim.
Meu pai por outro lado tinha me dito que além de tudo o Darkside Of The Moon do Pink Floyd, um dos discos que eu mais escutava na época, era totalmente adaptado ao filme.

Rezava a lenda que ao terceiro rugido do leão da MGM, dando-se start no player do disco, esse funcionava como "uma trilha alternativa" ao filme.

Depois de assitir 4 vezes essa fantástica obra prima produzida pela Metro Goldwin Mayer, resolvi aceitar o desafio de escutar o disco e assistir o filme sem som.

Bom, não consegui até hoje expressar o que eu sentia a cada virada de bateria, cada acorde, riff, solo....
Daquele ponto em diante, o musical que eu mais admirava tornou-se uma ópera Rock.

Até hoje eu ainda me pego lembrando daquela Terça-Feira de Maio, era 2005.

Acho que esse livro me influenciou de uma forma tão mitica que era impossivel não imaginar que fosse minha a história. Saindo do meu lar no meio da tempestade.

Perdido numa terra que eu desconhecia com pessoas que eu não entendia. Na busca de algo que eu acredito. Na eterna busca de algum Mago que realize um desejo.

Não sei bem o que vou pedir quando a hora chegar. Mas desconfio que a busca é a melhor parte da jornada....
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22-08 etilico e instantaneo

quinta-feira, 6 de agosto de 2009 by AlphaMale
finalmente um post bebado.
Apesar do que se pensa, não costumo escrever quando bebo. Muito embora a vontade seja maior que quando estou sóbrio e assim por diante.
Por motivos de segurança (alheia)´prefiro me afastar do pc quando to tragueado.
Assim é sempre.
O que eu vejo é inverso, eu sinto o inverso, eu falo disperso e penso controverso.
Quero só verso. Prosa e amor. Assim é a solidão sublime da dependencia social.
Pois então... o baile segue, eu danço cá sem par. Oberso quieto e costeiro a banda que toca. Quando ali surge uma milonga, pego de redomão a china e sigo levantando poeira no meio do salão.. sem sequer ligar pros transeuntes que olham. Afinal, foda-se.

A mesma paciencia que me mantem fronte ao LCD me disfaz monte ao LSD.
FRaqueza ou força, fato é que acabo sucedendo aos beneficios de todas as trocas e drogas.

Ora, essa nausea é de longe superada pela falsa sensação de liberdade que simplesmente inrrompe minha garganta e ifla meus pulmões cada vez que respiro.

CONFESSO, que por um tempo desisti de fabricar felicidade. Tinha me enjoado da sintética satisfação de ser vivo. E por este motivo abdicado das pequenas doses de alegria.

Hoje sequer ponho, hoje apenas, meu juizo em voga. Deixemos que apenas hooje eu seja o idiota que todos supõe que eu sou.

Não há graça maior que fazer alguns patetas rirem da própria ignorancia.
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taxista, frio de lascar, Heineken e resfenol

quinta-feira, 30 de julho de 2009 by AlphaMale
Saí da loja por volta das 21:00. Esse tempo úmido e as noites muito escuras me desencorajaram de ir caminhando até o centro.
Passei no Alemão com o sorriso de sempre..

- Um carne, um queijo e um pão seu alemão...! E hoje me vê uma cerveja também, se tiver skol eu agradeço.
- ôÔô alemãozinho, perai.... Feito
Tomei um taxi na esquina da Getúlio e pedi que seguisse pro centro.
Como é de praxe, o assunto "tempo" logo entrou em cena:

- Tempo loco esse...! Disse o motorista olhando curvado pro céu pelo pára-brisa e esperando uma resposta minha.

Diante da minha indiferença ele muda o rumo...

- Frio de lasca esse ano hein...

De novo eu fiquei em silêncio.

- E o nosso colorado?!?!

Dessa vez eu olhei pra ele como o Chuck Norris olha pra uma das suas infortuitas vítimas e apenas resmunguei.

- Nosso não...

Dali a frente pedi pra descer no começo da Julio mesmo e fui a pé até o terminal do centro. Paguei os R$ 8,00 da corrida com uma nota de dez sem pedir troco e sai andando com as mãos no bolso. Meti os fones de ouvido na orelha pra me distrair com música.

Incrível mas acho que pra um taxista o tempo nunca tá bom. Se tem sol, é um calor do inferno, se faz frio eles estão congelando. Fora isso é sempre futebol ou filhos na faculdade ou criminalidade...

Porra, nenhum deles conhece Voltaire ou Dante, Saramago ou Strauss? Física quântica ou economia centralista?

Saco mesmo...

Será que a guria da novela volta pro indiano??? Triste isso... largou o cara na Índia.

Passei no mercado e peguei um fardo dessas Heineken Long Neck e entrei no onibus.

Abri uma, bebi no "gute". A sede e o sabor de pimenta na boca pediam uma verdinha gelada.

Fui pensando na vida que tava dando essas voltas enquanto abria a segunda garrafa com o dente. Nesse frio de lascar era impossível usar a mão.

A terceira me serviu pra esclarecer algumas dúvidas que eu tinha sobre o meu pai. O Junior me disse que ele tá internado desde o dia 28 e não parece que vai durar muito. Bom, digamos que ele estaria na minha lista de pessoas que poderiam morrer miseravelmente sem minha piedade.

Na quarta eu tinha me lembrado que precisava cortar a grama e comprar um chuveiro novo, aquele meu tá uma merda e já nem esquenta direito.

Na quinta, essa que por sinal eu abri com a mão. Sem me importar se ia me cortar ou não. Eu lembrei que precisava comprar tênis novos.

Na sexta ... Bom, eu só me lembro de ter chego em casa meio tonto e caido na cama como se tivesse perdido os sentidos...

Afinal eu não tinha jantado.

Acordei tirintando de frio, só de cuecas na cama. A luz do banheiro acesa me fez pensar que tinha mais alguém em casa.

Me enrolei num cobertor e fui até lá pra apagar a luz e poder dormir. Passando pela gaveta olhei o Gato... Ele sorrindo indiferentemente à mim ficava ali de lado ostentando orgulhoso a nossa foto.

Ah se minha teimosia não fosse tão grande...

eu nao precisaria ficar em casa me chapando de resfenol pra não morrer com essa gripe filha da puta;;;
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Um joelho, um pato, um gato e uma coca-cola 1.75Lts

segunda-feira, 27 de julho de 2009 by AlphaMale
Mais de 3 meses matriculado na academia. Quase 3 idas por semana... Um péssimo score pra quem pretende ganhar algum corpo e ficar igual o Durden.
Mas a preguiça tá foda. Frio essas coisas.. nã nã.

Mas o joelho também é um agravante. Só consigo dormir do lado direito do corpo mal e mal ainda. Não to mais mancando e isso é um ótimo sinal, afinal minha perna esquerda já não dava mais conta do peso de todo o corpo que ganhou 8Kg no ultimo mês.

Segundo a guria do pós operatório, ainda vai um mês assim com as dores no joelho. Então vo aguentando e fazendo o que dá.

No caminho longo e tortuoso da recuperação eu tive uma grande idéia.
Um bafômetro na minha escada!!!

Igual naquele Volvo... se não passar no teste não sobe.
As escadas deveriam ter um reversor, um sistema que repelisse pessoas com alto teor de alcool no sangue.

Escada caracol + alemon beudo = acidente feio com pulso ferrado. Agora sim que eu não vou mais na academia.

Não dá pra levantar peso com a mão esquerda e não consigo digitar rápido como normalmente. To praticamente inútil.

Lendo calma e piedosamente The Wolf Sea do Jack London, fico me questionando sobre essas batalhas entre o bem e o mal que eu travo na minha cabeça. Guerra infinita.
Na sequencia a pedida é The Call of the Wild, história que precede caninos brancos...

Faz seis dias que o Duck não fala comigo. Sempre fica com aquela cara amarrada que me observa e reprova quando entro tarde e mal-vestido pela porta do quarto.
Boa noite que ele não responde, fica ali, beiço enorme, tal qual o dono. Quieto sem sequer me olhar.

Anda descontente desde que no dia 10 começou a dividir o espaço com o
Garfield
...
Pelo menos não me preocupo mais com os ratos...

Sábado brinquei pela tarde com a minha filha. Ela me chamou pra debaixo da mesa, se sentou escorando as costas numa cadeira e disse:
- Nossa casa...
- É mesmo filha, mas não é meio pequena. Disse eu batendo a cabeça no "teto"...
- Pequena??? perguntou com o dedo indicador no queixo...

Aquele olhar pensativo e indagador dela me deixava extasiado. Como uma criatura tão nova e inocente poderia entender que as minhas limitações físicas me impediam de morar junto com ela...

- E a mamãe filha, vem pra cá também?
- Non, la foia...
- Hum... mas filha temos que pintar as paredes...
- Uhum, amarelo, rosa e azul.
- Ah hehehe então tá.


A tarde seguiu com risos e choros, dos dois lados.

Escutando uma velha conhecida enquanto escrevo... e lembrando dos segundos que antecederam o acidente que deixo meu joelho nesse estado.

Fracassei miseravelmente ao não olhar pros lados na rua. Coisa mais besta.


Ontem comprei duas garrafas de Coca-Cola 1,75lts.
A diferença pra de 2lts era só R$ 0,25. Então decidi ser deliberadamente imbecil e me deixar enganar pela "promoção" levando algo mais caro.... Tenho me deixado enganar, pelos outros, por mim mesmo, pela internet, pelo relógio.

Mas quem sabe assim eu descubro porque sempre que eu comprava uma 2lts sobrava um pouco.. Acho que esses 0,25 tão realmente sobrando.

Será que é hora de mudar definitivamente as garrafas???
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Nada mudou....

quinta-feira, 23 de julho de 2009 by AlphaMale
Faziam 2 anos que eu não pisava em terra bandeirante e ainda sim, tudo igual.
São Paulo ainda é poluida, suja, bagunçada e corrida. Acuada a cidade no meio dessa multidão, se desenrola em prédios arranha céu e concreto no chão.
As calçadas repletas de passantes, as janelas desenhadas, os letreiros confusos e as luzes chamativas.

Todo mundo corre. Como se fosse o último dia do mundo. Pelo menos no centro.

Cheguei bem aqui. O vôo não foi tranquilo porque ventou muito e passamos por uma turbulência, mas nada demais, nada que eu já não tivesse previsto.

O Hotel que eu me hospedei não é lá muito confortável e nem muito caro. Mas fica bem perto da Filial da Roullier e da Competence... Minhas duas pretensas jornadas.

O Joamar fica próximo da Ipiranga, mas não na altura do Masp e outras grandes atrações.

Me restringi à taxi-quarto-agência-Roullier-banco-quarto-taxi-praça-taxi-quarto.

Minha perna ainda dói. O joelho tá menor, mas nem por isso menos inchado. A perna esquerda encomoda pelo esforço em carregar o peso do corpo sozinha mas, dormir de lado ajuda.

Saiu tudo como planejado, fiquei feliz em ser bem aceito. E mais feliz ainda em recusar os convites que me foram feitos.

São Paulo é bom, é ótimo quase, mas não é pra mim. Vo voltar pra Porto Alegre com aquele sorriso de sempre. Querendo mais do que nunca andar pela calçada na beira do Guaíba e olhar o sol se pôr repleto de passantes chimarreando.

Sim eu trouxe meu computador mas, internet nem passou perto. Fiquei esses dias fazendo minha extração da inflamação no joelho e indo numa fisioterapeuta daqui.

Precisava era de férias depois da semana mais em claro nos ultimos anos. Não tive.
Bem poderia, afinal, merecidamente.

A cabeça mais leve. Ter tomado a decisão que eu tomei, foi e vai ser melhor.

Além disso, um novo plano mais obscuro e audacioso tá se formando aqui na minha cabeça.
Se der certo, dou um jeito de vez nas coisas.

Bom, to saindo entre hoje a noite e amanhã, só to aguardando a resposta do meu meu tio, se vem ou não comigo. Alguma parte "pequena" da familia mora em Guarulhos e é importante manter contato, mesmo que por telefone.

Muita coisa pendente na minha casa, muita coisa por começar pra dar realmente certo e muita coisa pra terminar de vez.

Todo começo requer um fim.

Veremos o que se dá nesse meio tempo.
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Um pequeno passo para qualquer um, um grande passo pra todo mundo.

terça-feira, 21 de julho de 2009 by AlphaMale
Na semana em que comemoramos os 50 anos de um dos maiores feitos da humanidade no século XX, a frase mais célebre desta geração é repetida à exaustão.
"É um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade."

Ao buscar conhecimento ou sabedoria, o primeiro passo é o mais importante, admitir a própria ignorância. Sem isso, no way.

Não é nenhum demérito reconhecer suas fraquezas, medos e incertezas. Conhecê-las e aceitá-las é a chave pra conquistá-las.
Meu amigo Diego tem sempre no fim dos seus e-mails, logo abaixo do nome a frase "eu aprendo".

Acho duma profundidade ímpar.

Estar disposto à aprender sempre, é a melhor forma de aceitar as situações mais inusitadas.

Sócrates exemplificava isto com as crianças, comparando sua incrível capacidade de aprendizado e mimetização com tudo que se apresentava à melhor forma de agir dum ser adulto.
Não se deixavam ser superficiais e indiferentes à novidades, diferente de muitos de nós.

Quando eu era criança, tinha medo de pessoas como a que eu tenho sido ultimamente. Distraído, indiferente, obsessivo e massante.
Aos poucos fui vendo que tenho me excedido em alguma decisões e sido intransigente com as pessoas.


Fugindo das minhas obrigações e deixando de lado meus objetivos.

Bom, sempre é tempo de voltar pros trilhos e recuperar alguns dos valores necessários pra me tornar motivo de orgulho pra mim mesmo :D.

To aprendendo todo dia, um truque novo.

Eita cachorro velho.
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Mordida na orelha da virgem...

segunda-feira, 20 de julho de 2009 by AlphaMale
Dispomos das informações como denotando a DOR em um padrão de sensações ligadas a destruição, desconforto e destempero. Manifestada pelo nosso corpo de forma orgânica e emocional.

Associado diretamente à situações prejudiciais ao indivíduo, este sentimento indesejado e supostamente inconveniente, é de fundamental importância no desenvolvimento emocional.

Como não brilham meus olhos ao ouvir uma pessoa falando de suas idéias como se fossem uma verdade absoluta.

É de se pasmar ao ver como alguns almejam poder mais que outros através da imposição de seus ditos princípios.
Não chego nunca de ouvir pessoas mais preocupadas com a novela de ontem que com as contas de hoje. Os objetos de desejo, as reclamações cotidianas e a dificuldade eterna dessas almas de sofrimento puro.

Sentimentos, são nossa forma de reação às situações e fatos que a vida interpõe.
Vida é o momento seguido de fato e vice-versa. Tudo que acontece, gerado por alguma força inicial que se torna ação seguida de reação é nada mais que a vida acontecendo.

Temos de saber aceitar as coisas que vêm e extrair de tudo algo edificante.

Muito fácil aproveitar uma festa, um churrasco, um abraço, um beijo, dinheiro fácil...
Qualquer um consegue extrair algo positivo de um momento fortuito, mas saber viver consiste em aprender as lições vindas do que é realmente complicado.

Nesse foco que consistem a maior parte dos grandes ensinamentos da filosofia oriental. Retidão nos atos, aprendizado concreto baseado em conhecimento empírico e principalmente, consciência nas escolhas.

Deter conhecimento é deter poder. A chave não está no conhecimento, mas na forma como o detemos. Qualquer um pode ver. Não me refiro no entanto à enxergar, essa infelizmente não é uma capacidade de todos os seres vivos, mas todos podemos de alguma forma acessar, interpretar e compreender tudo que existe. De uma forma pessoal ou com base num critério pré estabelecido, vulgo, rótulo.

Há quem pense, que devemos nos afastar da dor. Cansei de ler em outdoors a frase estampada "Pare de sofrer" como se isso fosse uma chave para a felicidade. Outra idéia errónea sobre a vida. Achar que ser feliz é a chave de problemas. E mais ainda achar que para ser feliz é necessário se privar de medos e dores.

Pois bem, imagine-se um completo ser vivo. Privado de dor. Qualquer que seja.
Não chorar ao perder alguém que se ama. Não xingar ao bater o pé na porta. Sair sangrando depois de fazer a barba porque sequer percebeu que se cortou. Ou uma mãe que sem sentir dor sequer consegue explicar as sensações de trazer ao mundo um filho?
Não sofrer ao ver algo que se construiu ruir feito pó.

Que beleza não?

Há quem deseje mais do que tudo a dor, pessoas que vêem nela uma forma bruta e pouco explorada de prazer. Admirável, embora em determinado nível, muito obscuro.

A dor pode ser manifestada e sentida de diversas formas, experimentamos dor de todas as formas durante a vida e construimos mecanismos de defesa para ela justamente em nossa forma mais pura de evolução. Logo, ela é alicerce dos melhores.

Graças ao Engenheiro celestial, seja ele a força que for, nos criaram com mecanismos analgésicos naturais. Desde sistemas de interpretação e liberação de substancias que amenizam, atenuam e transformam a dor em algo com "significado", até mesmo palavrões e movimentos que aparentemente distraem nossa mente racional do sentimento imediato.

Um bom exemplo;

Um amigo meu, tem uma teoria interessante, tirada de uma frase de filme se não me engano. Ao fazer sexo com uma virgem, ele mordia a orelha dela com tanta força a ponto de que ela não sentia a dor do sexo mas a dor da orelha...

Dor por distração, distração por dor...

Há quem diga que não conseguimos nos concentrar em duas dores ao mesmo tempo, só conseguimos compreender DOR por um local específico por vez.

Pois bem, quem sabe se nos privarmos um pouco desses preceitos que nos incutem na cabeça durante a criação e aceitarmos novas experiências durante a vida, a gente não consiga realmente extrair algo de positivo dos momentos menos desejados.

Sofrer não é problema, é solução, saber enfrentar as coisas e tirar disso algo bom, eis a chave.

Já sofrer por antecipação. Não isso não serve, ter medo de dar com a cara na porta sem nem levantar da cama. Isso é errado. Isso não é medo, é burrice.

Não é teimosia, é persistência.

Eu ao menos sou cabeça dura, mas faço minhas escolhas com base no que acredito e não dou um passo sem antes ter certeza de onde quero chegar. Sonhos não me servem, objetivos sim. Já dizia meu amigo PL. ;)

Eu, não escolho o preparado, eu preparo o escolhido.
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Um Smartphone com urgencia - Escravidão Wi-Fi

terça-feira, 14 de julho de 2009 by AlphaMale
Todos os dias eu acordo - nesses ultimos com mais frio - ponho as meias, lavo a cara com a maior falta de vontade e penso que deveria estar dormindo.

Hoje eu acordei com um pensamento mais "redondo".

O que daria pra fazer se eu tivesse meia hora a mais no meu dia?

Um bolinho? Video-game? Pornografia? Mais internet? Dormir? Café da manhã? Corrida?
Ver minha filha? Serviços de banco...

E essa meia hora como seria? Meia hora antes ou depois? ia sentir o tempo passar diferente ... E as outras pessoas, como faria pra entrar em sincronia. Se eu tivesse meia hora por dia, e não as outras pessoas, a cada dois dias eu teria 1 hora a mais que todo mundo, estaria no futuro cada vez mais distante.
Ia envelhecer um bom bocado mais rápido. E sozinho.

Noite dessas eu estava ali na Lima e Silva em Poa, bebendo uma cerveja e esperando o tempo passar.

Umas duas mesas do meu lado direito estava um casal, ou pelo menos parecia um.

Cada qual com seu notebook à frente, ambos digitando muito e muito rápido.

Quanto menos fios, mais presos.
Temos telefonia sem fio, internet sem fio, Tv via satellite, bluetooth, infravermelho.
Controle Remoto, nintendo wii...
Uma infinita sorte de aparatos soltos pra nos prender.
Estamos na era da mobilidade e ainda sim mais escravos que nunca.
Bolsos e bolsas cheios de cores, botões e sons.
Streaming, VoIp, podcasting e share.
Up e Down loading e sending.

Close all and save me...
Somos observados, vistos, analisados pesados e considerados insuficientes.
Compactados e atualizados todo tempo.
Twittamos, goglamos e quem diria. Bing!!!
Estamos dependentes dessa comunicação mais instantanea do que nunca e com apenas alguns cliques somos os donos do universo, da verdade e da informação.

Analisando e sendo analisados e essa frase não me saiu da cabeça.


Desde que me dispus a comprar uma camera e fotografar, fui analisando os pontos comuns entre a vida e a fotografia.

Ex; Quando você foca um determinado ponto, tudo, todo o resto perde o foco, fica opaco, deixa de ser importante.


Mesmo com carne e osso, mais osso que carne eu acho que sou um carro.

Como um V8, muscle car dos anos 70. Eu também funciono bem.
Meu motor é simplificado, tenho bom sistema de distribuição.
Carburado, 2 portas, apenas 2 bancos, sem lugar pra mala.
Rodas de aço e pneu largo.
Espaço interno reduzido, apenas dois ocupantes, eu e mais um.
Afinal o que importa é a performance que eu posso proporcionar.
A tecnologia me atribuiu pouco peso e lata resistente. Sou arcaico mas tem emoções que só acionando a minha chave são possiveis.
Sou a moda antiga, desperto paixão e apego. Mesmo que momentaneos e passageiros.

Minha autonomia média de 5,3 horas de trabalho por litro de café não descafeinado.

Afinal e sou um V8 :D

Dificil mesmo é escrever tanta porcaria e digitar isso sem um teclado QWERTY :(
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Terça 07-07

terça-feira, 7 de julho de 2009 by AlphaMale
-Um dia de cada vez... ele disse
To tentando, digerindo aceitando. Mas ainda sim, dói, encomoda. Muito. Muito mais do que deveria.
To aceitando melhor do que deveria entre um gole e outro de café.

Ontem dormi como se não quisesse mais acordar a não ser se pudesse voltar no tempo.
Tem sido péssimas as ultimas noites.
De tanto rolar na cama até mesmo cambalhotas eu dou. Inutil, só fico mais agitado e não durmo nada.
Cancelei a compra da minha cama nova.
Tinha encomendado um box desses de mola. Mas acho que pra dormir sozinho aquele meu colchão velho serve bem...
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06-07

segunda-feira, 6 de julho de 2009 by AlphaMale
Uma segunda-feira. Que maravilha pretenciosa esse começo de semana.
Vivo como nunca antes, acordei descansado.
Sem ter tido um bom fim de semana como os dois ultimos, sai e bebi mais do que deveria.
Cansei quando não queria e não vi quem pretendia.

Dias melhores vem... mas sera que eu os quero?
Melhores como?
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To de volta

sábado, 4 de julho de 2009 by AlphaMale
Com gás total.
Chega de descanço... Vou por o corpo pra trabalhar.
Enjoy this life man...


Ass. Phelps.
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Superman na aposentadoria

sexta-feira, 3 de julho de 2009 by AlphaMale
Deixando a kriptonita.
Por mais repetitivo que soe. Quanto tempo esse tempo demora pra passar?
Até eu me acostumar.


Eu dei uma volta pelo mundo
para acalmar minha mente problemática
Eu deixei meu corpo deitado em algum lugar
nas areias do tempo
Eu vi o mundo flutuar para o lado escuro da lua
Eu sinto que não há nada que eu possa fazer, yeah

Eu vi o mundo flutuar para o lado escuro da lua
Depois de tudo eu sabia que isso tinha
algo haver com você
Eu realmente não me importo com
o que acontece de vez em quando
Contanto que você seja minha amiga no fim


Se eu enlouquecer,
você ainda irá me chamar de Super-homem?
Se estiver vivo e bem,
você estará lá segurando a minha mão?
Eu a manterei ao meu lado
com meu poder sobrehumano

Kryptonita

Você me chamou de forte,
você me chamou de fraco,
Mas eu ainda manterei seus segredos
Você tomou como algo corriqueiro todas as vezes
que eu nunca desapontei você

Você tropeçou e bateu sua cabeça,
se não fosse eu você estaria morta
Eu te peguei e coloquei de volta ao chão firme....
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pro momento do ocio

by AlphaMale
um bom jogo

http://pagosparavadiar.wordpress.com/2009/06/30/death-dice-overdose/
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quem sabe

quinta-feira, 2 de julho de 2009 by AlphaMale
se as pessoas soubessem o que querem.
Quantos passos a humanidade deixaria de dar.
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tão fácil perceber

terça-feira, 30 de junho de 2009 by AlphaMale
se faria no minimo necessário.
Pra não dizer inevitável....


Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer

Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego nem nota

Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça

Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa

Quando muito ainda pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol

Mas quando sempre é sempre nunca
Quando ao lado ainda é muito mais longe
Que qualquer lugar

Ôo, um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer

Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta

Não quero estar sendo mal
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia

Ôo, um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer

Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis
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Um antídoto,

by AlphaMale
que não sei quando tomei ao certo mas..
Desse mal não sofro.
Consciência. Culpa.
To livre e eximido de quaisquer uma dessas moléstias.
Nunca tive problemas em assimilar qualquer sentimendo de comiseração após ter feito algo.
Já senti algum arrependimento, mas, não que isso tenha minimizado qualquer posterior delito.
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sincero como não se deve ser

by AlphaMale
Qual de nós nunca se pegou perguntando se não estava sendo aberto demais.
Verdadeiro demais. Sincero em demasia.
Abrindo os olhos, o coração, as mãos e os ouvidos ao mundo que não parece jogar esse mesmo jogo.

Será que eu me decepciono fácil ou realmente isto não está certo?
Toda hora, aperto F5.

Cada 3, 4 minutos eu me vejo atualizando a caixa de entrada de e-mails esperando um sinal um significado uma significancia.
Nada.
Bendita conexão, bendito imediatismo. Ansia.
Perdemos a magia, o brilho e a majestade.
4 canecas cheias de café. Continuo ignorando as regras novas da ortografia.
Lá fora tem Sol.

Mandei fazer outro dia de raiar, só pra te ver sorrir com o calor.
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Consequencia...

by AlphaMale
...Sem me importar com o barulho que faria, fechei o portão atrás de mim. A porta eu empurrei com o pé direito, enquanto o pé esquerdo abria a geladeira pra pegar uma lata de energético.
Tava guardando pro fim de semana, mas, ainda tem 23 latas. Uma só não me mata.
Dei um gole seco na garrafa com a tarja laranja. Acompanhado pelo "ahhhh" que etilico me salva, o siêncio que se desenrola após bebermos o veneno.

Com o fone de ouvido ainda estragado, escutava uma das músicas da seleção que eu tinha feito pra gente.
Joguei os fones no canto e desliguei o celular. Esse tá desligado até agora.
Apaguei a luz do corredor e subi a escada em caracol que leva pro meu quarto.
A chave joguei naquela gaveta que fica no canto, no chão.
Cruzei os braços atrás da nuca e cai pesado no colchão que está jogado no chão.
Tirei os tênis, cada um com o pé oposto, chutando longe só pra descontar o descontentamento e liguei a TV com o pé mesmo.
Fiquei olhando aquela lâmpada incandescente até meus olhos doerem e quase ficar cego.
Não conseguia ouvir nada.... Impressionante mas nenhum som entrava nos meus ouvidos.
Só o do vento passando pelas folhas e pedindo silêncio na rua.

A janela que bateu com muita força na parede do outro quarto me trouxe de volta daquela viagem e levantei de sobressalto, já decidido a colocar os tênis e o casaco mais pesado.
Sem ter muita certeza eu sai pra rua da mesma forma que entrei em casa. Displicente, barulhento e indiferente.
Aquele vento gelado no rosto, meu casaco verde favorito ondulando no ar em movimento.
A forma como a luz dos postes parecia se desfiar em raios alaranjados e as folhas secas rolando pelo chão com aquele vento que retorcia os galhos e assustava os cachorros.
Jesus bem ali na esquina, mendigando como todas as noites. Maltrapilho e com um colchão nos braços, salvo do frio por uma parede, sua unica salvação naquela noite.

Apostei corrida comigo mesmo até o ponto de onibus e perdi. Perdi o fôlego e algum resquicio de razão que ainda me tinha restado.
A cabeça tão cheia de razões que eu desconhecia, cercada de idéias e eu aqui, me sentindo uma peça de museu, ultrapassado homem antigo do século passado. Com meus sapatos cansados e meu hálito de vodka.

Desde um tempo que antecede a existencia, a luz e a sombra, o certo e o errado, uma treva e um clarão.
Vivem num equilibrio ciclico, se enfrentando dentro da minha mente noite e dia.
Numa batalha tão complexa como o nascimento e a morte de uma estrela.
Onde não há lado bom nem lado mau, apenas o lado que estamos nesse momento. Ora um, ora outro.
Essa batalha que em dado momento na história desse universo que vivemos, ocorreu entre um tigre e um dragão, esse momento que foi eternizado na minha pele, com tinta preta e agulha prata.
Em sombra e luz, essa batalha sem vencedor, sem perdedor, cujo único sentido de existir é o fato de que é necessária pra que a vida continue.
Todo inicio precisa ter sido um fim antes de novamente começar e assim, nesse ciclo ininterrupto como se fosse energia gerando energia e força gerando ação, ação gerando reação.
O momento que precede o impacto, é o de maior paz. Como quando me joguei do segundo andar, pra ver se ainda sabia voar e, me doeu mais saber que minhas asas não estavam lá, do que bater a cara no concreto.
Sai vivo, por obvio, ileso até, mas a que custo? Abri mão daquilo que me faz ser quem sou, pra ser alguém que gostaria.

No onibus que rumava em direção ao leste, vi as ruas e as arvores passarem. Vez que outra alguem sem pescoço com os ombros grudados na própria face e as mãos no bolso passava rápido como uma bala pela janela.
Esse frio e esse escuro da noite me protegiam e garantiam a solidão necessária pra se pensar. Havia muito o que considerar.

O sexo vendido nas esquinas não me atraía. Nem as luzes de um bar. Nem o conteudo de suas garrafas solitárias na prateleira.

Caminhei pensando no que tinha dito a tarde pra uma conhecida. Sobre a dúvida e a certeza.
Citei um trabalho de conclusão que fiz no seminário.

Mas.. isso já é historia pra outra hora.
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Conclusão obvia

segunda-feira, 29 de junho de 2009 by AlphaMale
ninguém ...
nem mesmo os Deuses que no Olimpo residiam.
Nem mesmo eles agradavam aos gregos e aos troianos.
Nenhum de nós consegue sequer ser neutro.

Tenta fazer algo se conciliar e no fim quem se ferra, és tu mesmo, imbecil criatura.

Nessas horas, a conclusão é mais que obvia.
Eu tenho mais....


Tenho mais que me fuder mesmo.
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Por onde caminha o meu bem!?!?

by AlphaMale
Que importa o que se acaba de fazer, uma bela estrada de tijolos amarelos, cravejada de pedras raras, feita à minuscia, devotadamente e com ardor de paixão.

Para o meu, para o meu amor passar....

Que ninguem mais a veja. E que pra sempre em segredo esteja, essa bendita estrada.

Seja meu caminho de retorno. Um segredo um maldito transtorno.
Acho que pavimentar não é pra mim.

Ou não sei empreitar, ou precise tão somente flutuar.

No céu talvez, já que na terra, não entenderam. Talvez lá encontre paz.

Será?

Até onde vão essas palavras que repito, que vento há de levar elas até o teu ouvido?

Vais me escutar essa noite? Se escutar vai me entender? Se entender vai acreditar?

Se acredita porque não compreende?

Que mundo eu preciso mover? Que estrela tenho que apagar?

Nessa galáxia, três milhões de cada planeta como a terra.
Nesse universo, três milhões vezes três milhões de galáxias como essa...
Mas em cada uma delas, somente um de cada um de nós.

Que adianta, todo caminho que já fiz, todas pedras que levantei, chutei, arremessei, assentei, ajeitei e lapidei.

Talvez, seja no fim inutil saber.
Por onde tu anda. Já que nessa estrada que eu fiz, tu relutas em passar....
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No futebol assim como no sexo...

sexta-feira, 26 de junho de 2009 by AlphaMale
No futebol, como no sexo, as pessoas suam ao mesmo tempo, avançam e recuam, quase sempre vão pelo meio, mas também caem para um lado ou para o outro, e às vezes há um deslocamento. Nos dois é importantíssimo ter jogo de cintura.

No sexo, como no futebol, muitas vezes acontece um cotovelaço no olho sem querer, ou um desentendimento que acaba em expulsão. Aí um vai para o chuveiro mais cedo.

Dizem que a única diferença entre uma festa de amasso e a cobrança de um escanteio é que na grande área não tem música, porque o agarramento é o mesmo, e no escanteio também tem gente que fica quase sem roupa.

Também dizem que uma das diferenças entre o futebol e o sexo é a diferença entre camiseta e camisinha. Mas a camisinha, como a camiseta, não distingue, ela tanto pode vestir um craque como um medíocre.

No sexo, como no futebol, você amacia no peito, bota no chão, cadencia, e tem que ter uma explicação pronta na saída para o caso de não dar certo.

No futebol, como no sexo, tem gente que se benze antes de entrar e sempre sai ofegante.

No sexo, como no futebol, tem o feijão com arroz, mas também tem o requintado, a firula e o lance de efeito. E, claro o lençol.

No sexo também tem gente que vai direto no calcanhar.
E tanto no sexo quanto no futebol o som que mais se ouve é aquele “uuu”.

No fim sexo e futebol só são diferentes, mesmo, em duas coisas. No futebol não pode usar as mãos. E o sexo, graças a Deus, não é organizado pela CBF.
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Sonho ou Lembrança???

quinta-feira, 18 de junho de 2009 by AlphaMale
... Cheguei por volta das 23:00, cansado e com o nó da gravata desfeito.

Abri o portão devagar pra não chamar atenção e só fiz um afago no cachorro pra que esse não me denunciasse.

- Ela arrumou o jardim de novo! Linda essa tulipa, mas aposto que o cão come em dois dias...

A mão teimava em levantar até a fechadura, mas ainda sim com o casaco no braço esquerdo, girei a chave e puxei com a outra mão a maçaneta silenciosa e macia.
Ela estava linda naquela minha calça de moleton cinza bem larga, cabelo amarrado alto deixando o pescoço a mostra.
Ai como eu amo aquele pescoço branquinho e cheiroso!!!
Sempre me dá ânsias de chegar por trás de mansinho e morder ele, chegando à orelha e dizendo o quanto estive com saudade.
De costas pra mim e pra porta marrom, ela mexia o feijão que levantava um cheiro de louros e manjericão que me fazia lembrar da infância.
Ouvi os sussuros que ela de leve cantava na nossa música .
Com passo leve do meu sapato preto, eu caminhei devagar até ela. Sem alarde abracei pela cintura, a mão com as flores passou mais alto na frente do rosto dela, que ouviu minha voz dizendo rouca um "te amo, tava com saudade...". Com sorriso lindo e aberto, os olhos ainda fechados quando respirou fundo o meu cheiro, ela passou as mãos macias no meu pescoço.

Se virou como sempre fazia e levantou-se sobre os pés pra me beijar.
Combinamos não ter muitas coisas decorando a casa, mas era aconchegante e nosso sofá bem grande, afinal era nosso ninho. Peguei ela pelo colo sem muita dificuldade, deixando cair a colher ela só disse: "seu louco.." antes que eu a beijasse de novo.
Não importava que a semana toda não conseguisse tempo de respirar sem pensar nela, ou mesmo quando ligava só pra dizer bom dia. Era ela que me dominava os pensamentos.

Deitamos ali, ela sobre o meu colo em silêncio, me olhando com aqueles olhos que reflectiam meu rosto. Me lembrei de como eu disse que ela me fazia ver melhor a mim mesmo naqueles olhos e de como as coisas foram no começo.

A indecisão, o medo e até o receio. Dúvidas de toda sorte que sempre se desenham na nossa cabeça.

Voltei daquilo no meio do ..."esligar o fogo do feijã..."
Sai dali também, dizendo que já voltava peguei minha toalha azul e fui pro banho.
Liguei o aquecedor e olhei no espelho aquela cara cansada.

- Vou fazer essa barba como sei que ela gosta...
(*bocejo acompanhado dos braços esticados... e ahhhhhhhhh cansera)
Entrei no chuveiro como sempre faço, pé direito, braço esquerdo, bom se a agua está quente, cabeça, costas...
Aqueles sagrados minutos debaixo d'agua quente pensando na vida. Maior prova de que o tempo é relativo.
Duas batidas do lado de fora da porta tiveram como resposta um "tábertooo".

O rosto coberto de dois fios de cabelo preto fazendo bico adentra porta, a pergunta é simples.
- Quer carne também? A resposta mais ainda, "alguma vez eu não quis?"
Sorrindo como veio, depois de mandar um beijo, virou, fechou a porta atrás de si e voltou pra cozinha.
Olhei no relógio por quase 1 minuto pra saber que eram 23:34, nunca aprendi direito a ver os ponteiros mas, o relógio era tão lindo que eu não me desfaria dele por nada.

Secando a cabeça sai só de cuecas pela casa até o quarto e ouvi um "beeeeem, tá pronto" sair da cozinha quando terminei de vestir a camiseta.
Uma mesa pra três, dois sentados, se olhando.

Peguei a mão dela, macia, lisinha e de unhas recém feitas. Olhei nos olhos de novo antes de me levantar arcado na direção dela beijando-lhe a testa.
O feijão tinha aquele gostinho tão delicioso que quando o aroma invadiu minha boca, senti a saliva chegando ao fundo da boca.
Na primeira sempre esqueço de assoprar, engoli quente e rápido, seguido dum copo de água que me fez ficar vermelho e despertou a gargalhada na face cansada e atenciosa dela.
Mais calmos, perguntei praquela que a minha frente repousava a cabeça na mão enquanto comia... - Novidades?

A face dela se iluminou quando ouviu meu questionamento e antes de respirar fundo vi seus olhos mais umidos quando com estas palavras abriu meu mundo e me fez o homem mais feliz da terra...

"Tô grávida...."
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Amplexo cronológico

terça-feira, 16 de junho de 2009 by AlphaMale
Tinha dois braços de aço, um mais longo que o outro.
Um terceiro, esse mais inconstante, cingia todo o circulo em questão de minuto.
Seus segredos, números romanos dourados e riscados de ferrugem, eram tão vistosos que brilhavam mesmo na sala sem luz da velha casa.
Tão alto, tão sozinho, esguio, languido de carvalho. Pés largos em quadrado.
Rosto impávido e altivo. Se bastava na sua solitude. Demorava pesadamente pra se anunciar.

Um coração que badalava, ora pra uma esquerda, ora pra outra.
Aquele seu coração de ouro maciço, puro e brilhoso, luminava meus olhos de guri.
O tempo que passava, dum lado ao outro do seu coração, levava em si a batida do meu.
No tempo do tempo, ao tempo no tempo.

Adornava meu canto da infancia mais esquecida. Atrás de si uma janela de campo verde, um sol que nascia laranja e um rio que turvo passava verde.

Enchia de significado meu dia que passava nos circulos que ele descrevia, me abraçando com o compasso do passar de suas horas.

Um gato pardo, malhado, sei la colorido no canto do quarto do tio inválido, pesava seus pés sobre o assoalho que rangia, seu pelo pela casa espalhado, me dava até mesmo alergia, essa que não compensava a alegria de ver outro ser vivo na casa que não aquele semi-morto na cama.

Meu nome não era ouvido em nenhum momento... aliás esse era o meu maior lamento, não saber quem eu sou.
Mikail, Maiquel, Guri, Tu aí... tunnnn, tunnnn, tunnnn. Três da manhã e eu aqui, sentado no costado da sala, perna cruzada, olho quieto boca que cala e sem saber porque, aquelas bolhas no canto do olho.
Apertava meus dedos contra as pupilas, via duas, três coisas iguais. Girava o dedo, perdia a noção do tempo, todo tempo me assuatava, o vento já figurava entre meus vilões. Batia janelas, assoviava frio, assustava os cavalos.

No passar daquelas horas que me trazia o vetusto, senti mexer o chão e vi passar o tempo, nesse som do badalar dos momentos que nos anos passou me vi num futuro longe, do meu eu de hoje, perto de ti amanhã.
Senti teu hálito da manhã que acorda e teu olho recém aberto.
Estiquei meu braço no abraço que diz bom dia.
Na cama que nos acolhe, num quarto que nos esconde. Nesse canto sul do planeta que nos assiste, despertos pelo sol que nos felicita.

Nesse embalo, eu vi, eu mesmo, e a ti.

Sonho, ilusão, viajem...
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Do céu ao Inferno e vice versa

segunda-feira, 15 de junho de 2009 by AlphaMale
Ontem a noite, 14-06, tive que ir ao apartamento de uma colega pra terminarmos um trabalho, uma pesquisa sobre tributação comercial no instituto Liberdade e ela mora no 13° andar de um lindo prédio do centro de Porto Alegre.

O elevador, uma rica peça ornamentada em madeira rústica e bronze maciço, cheia de detalhes em couro e ricamente acabada.
Sempre tive lá minha paixão por elevadores mas uma coisa em particular me chamou atenção neste, claro além da decoração.

Ao invés daquelas chatas músicas de sala de espera de consultório dentário, um som agradável do Frank Sinatra, cujo nome não me recordo no momento. Mas que me agradou por ser suave e, qual não foi minha supresa ao notar um pontinho azul no canto do lado dos botões.
Uma luz fraquinha brilhava e aproximando o olho eu bi um simbolo peculiar que parecia uma letra "B". De pronto reconheci um simbolo de Bluetooth.
Percebi que meu celualar estava com o bluetooh ligado e no meu playlist tem ao menos duas musicas do homem.

Na sequencia da musica, uma do unkle, tocou e minha surpresa foi maior ao descobrir que o elevados tem sincronia com bluetooth de dispositivos módeis e sintonza rádios on line e sites de música conforme o gosto do "passageiro".

A Marcia me explicou que isso eh uma novidade em países modernos e que tá se tornando mania em lugares como o Japão onde eles contam ainda com monitores sintonizando até mesmo canais de esporte ou sites de noticia.

Pesquisei algumas novidades do genero na Internet hoje mas as melhores noticias relacionadas que encontrei foram posts sobre um elevador que tem imagens do artista
Marco Brambilla , passando em tempo real ininterruptamente.

Segue vídeo logo abaixo com a demonstração.


Civilization by Marco Brambilla from CRUSH on Vimeo.




Quem me dera um elevador na minha humilde residenci, não aguento mais aquela escada caracol rangendo...
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Partly Cloudy - o Novo Curta da Disney - Pixar

sexta-feira, 12 de junho de 2009 by AlphaMale
A disney acaba de lançar um novo curta metragem e eu achei fantastica a história, além de bem humorado e com arte muito bem feita como de praxe, ele tem enredo lindo sobre uma história de amizade que enfrenta as adiversidades e ressalta o companherismo e o enfrentamento das diferenças que consistem na relação amizade.


Tirado do Site Ovelho:
Enjoy

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Solidão por Chico Buarque

quarta-feira, 10 de junho de 2009 by AlphaMale
Um ar meio cinza numa nuvem meio azul no céu de Junho me lembrou da solidão.

Daí em diante me questionei sobre os porquês disto e daquilo.
Como todo mundo bem sabe, eu questiono tudo que respira, enxerga, anda ou se move, as vezes o simples fato de cogitar existir é motivo pra eu questionar.

Sabe a sensação do incompleto? Ainda sinto :(
Ainda. A solidão. Aquele vazio esmagando meus pulmões sem ar, ainda tá lá.

Eu que sempre soube onde me encontrar, to perdido. Por isto mesmo, só.

Por Chico Buarque:

Solidão


Solidão não é falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo. Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar. Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos. Isto é equilíbrio.

Solidão não é claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. Isto é princípio da natureza.

Solidão não é vazio de gente ao nosso lado.Isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isso. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
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Marion Zimmer Bradley

quarta-feira, 3 de junho de 2009 by AlphaMale
Hoje, à 3 de junho de 1930, nascia uma das minhas favoritas autoras, talvez dentre as de ficção a melhor que já existiu.
Marion me fascinou pelo menos em dois momentos enquanto lia seus dois mais conhecidos livros:
- Brumas de Avalon e;
- O Incêndio de Tróia .
Ambos retratam épicos comuns da literatura mundial, porém com um diferencial mágico. Relatados por mulheres.
Em brumas, Marion reproduz com integridade única e de forma deliciosamente atraente a Saga do Rei Arthur e seus cavaleiros. Como poucas vezes tive o prazer de viajar ao universo medieval tão nitidamente contrastado com as ansias da idade das trevas.
Nesse livro, que no Brasil foi dividido em 4 volumes, a Bretanha no tempo de sua "colonização" é desenhada de forma apurada como se a autora estivesse vivenciando todos os momentos desde o corte dos pastos ao forjar das espadas.

Tudo, sempre narrado pelo olhar detalista de suas personagens.

As batalhas, o temor, a esperança residentes do coração das bravas mulheres que fizeram da Inglaterra um Reino, são fielmente exibidas em linhas cheias de aventura mesclada com amor.

Naquela terra que começava a ser bombardeada pelos preceitos cristãos, homens derramaram sangue por seus ideais.

A forma como ela descreve cada instante, cada vida e olhar atentos às transformações do mundo é tão apaixonante quanto catastrófica e dolorosa. Não tem como não emocionar-se com os livros.

No Incendio, Cassandra é o personagem central, a profeta dos tempos mitológicos de Zeus é a narradora dum drama épico sem precedentes onde uma cidade é invadida por seus inimigos após anos de batalhas.
Relata o estratagema mais ardiloso jamais compactuado nonde reside a maldade de se presentar o inimigo, inflando seu Ego e baixando suas defesas. Talvez um das mais conhecidas e ardilosas tratativas de guerra que gerou inumeras expressões e dezenas de filmes, poemas e literatos.
Cavalos de tróia são nossos virus de computador, são presentes de Grego, são formas de se obter algo por meios escusos.

Essa obra nos leva a conhecer uma Cassandra humana, desprovida de seus traços caracteristicos de vidente pedante e temerosa pelos desastres que se avizam.

De seu nascimento à queda do Trono troiano, dos Deuses e sua influencia na sociedade presente, todo um universo baseado em arquivos tirados do Grego Original, e trabalhosamente desmembrados por Marion em seu esforço de trazer á vida uma catástrofe dramática e sanguinária.

Uma mulher tambem figura saliente nesse meio, Helena, a cobiçada.
A mais desejada das mulheres, aquela que despertou ira e paixão nos corações de Deuses e Humanos, aquela que moveu nações e que de tão bela, não caberia descrever nem em estrelas nem céu de Olimpo.

Sem falar em Darkover, um universo de ficção cientifica tão elaborado que faria Tolkien parecer um menino de primário.



Por essas razões e principalmente por estas obras, Marion é na minha opinião, a mais fantástica e revolucionária escritora que já andou por nosso chão.
Uma pessoa que enfrentou preconceitos por sua sexualidade, por seus ideais, que lutou contra miséria e contra o preconceito e o machismo tão presentes na sua vida naqueles tempos.

Marion me fez um apaixonado por seus livros e um fã incondicional de ficção cientifica e fantasiosa.

Feliz aniversário, Marion Zimmer Bradley!!!!
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Unkle

sexta-feira, 29 de maio de 2009 by AlphaMale
um dos meus prediletos projetos de musica eletronica me causou uma particular alegria hoje de manha...
Eu tenho alguns RSS no meu celular e um deles é da banda...
quando me mandaram o clipe do remix de Fear do Ian Brown ...
Uma musica que eu gostava já, remixada com um primor e uma beleza fantasticos.
Escutei o som, já baixei da loja virtual da VIVO e sai escutando enquanto saia caminhando pela rua, com os desabores da noite passada, com as lembranças de uma pele...
Cheiro, olhar, tudo se confundia ainda aqui dentro.
Certas coisas não devem ser ouvidas, quanto menos ditas, de fato a vossa raça não percebe o impacto da comunicação verbal.
Não compreende a sutil linha que comporta e estabelece comunicação entre transmissor e receptor.

Ao som de Royksopp e Unkle
naquele clima perfeito de inicio de inverno que me lembra o lugar onde eu nasci... com aqueles ares de fumaça e solidão. Aquela melancolia, aquela nostalgia.
Tudo tão completo e acolhedor.
Coisas que me fazem ficar tão bem e tão seguro.
Estar sempre rodeado de completos estranhos desde que esteja frio e meus fones de ouvido estejam comigo.

Me separando como uma parede do mundo real.
No fim, eu sou só a porra dum alienado.
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A morte do bom Samaritano

by AlphaMale
Foi assassinato em primeiro grau, como o do Slater... grande filme.
Simplesmente sem premeditação e súbito como vento na janela.
A caixa de correio acumulando boletos do instituto da criança com diabetes, do lar santo antonio dos excepcionais, do asilo padre cacique o vovó Maria.. e por ai vai.
A lista que eu acumulei durante esses 6 anos foi grande.
A média de 200 reais em 2003 pulou pra 1.480,00 no ano passado.

O filho da puta pega o dinheiro e distribui por ai como se devesse alguma coisa pra alguém.

Mas acabou, hoje. Fim nisso... não do mais nada pra ninguem.. até meu saco tem limite...

Pra que ajudar os outros? Pra que ajudar alguém? No fim todo mundo só quer comer teu rabo magrelo mesmo...
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onde mais ou menos começa... e onde vai terminar

by AlphaMale
Nessa semana eu li no "subnick" de msn de um amigo, algo sobre as pessoas e sua perda do brilho.
Naquela hora eu tive a nitida sensação de deja vu. Nada mais simples que lembrar de algo que não aconteceu.
Como pode ser aterrador e complexo se defrontar com o entendimento de uma verdade.
Seja pessoal ou exterior.
Assim como eu perdi, todos perderam, na matematica da coisa, foi a soma da minha cegueira com a multiplicação das sombras.

Simplesmente não me agrada mais a idéia do convivio social.
Que falta me fazem aqueles livros...
Que falta.

Não fosse a dependencia financeira dos bolsos alheios para que eu encha o meu, teria defenestrado ao menos umas duas dúzias.

Estão matando em mim o que há de bom, aquilo do qual me orgulho de ser.
Não tento ferrar ninguém, nunca tentei.
Sempre me espelhei nos bons exemplos e tentei fazer o que de melhor eu puder pelas pessoas que me cercam.
Simplesmente fico feliz em ser útil e ajudar, mas sinceramente não me agrada a situação atual.
Definitivamente, a liquidez das pessoas me desaponta.
O imediatismo e falta dos valores me decepciona.
Simplesmente se deixa de lado qualquer reconhecimento.
Não nunca pedi nada em troca.
Mas

bom...
é.
não sei.
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The animal i have become

quinta-feira, 21 de maio de 2009 by AlphaMale
não consigo controlar essas ansias de voar.
Irromper essa pele, me sinto preso aqui dentro. Sou eu querendo escapar.
Animal aqui dentro clamando por liberdade.
Não consigo mais andar nesse cativeiro, como bicho de estimação, como uma mera atração de circo.
Não me servem essas roupas e não me cabe essa coleira. As regras do jogo precisam mudar.
Eu digo e decido por onde andar.

Dum lado pro outro eu caminho... cada vez mais a sede aumenta. O sangue escorrendo pelos cantos da boca. Os caninos perfurando a carne como uma faca afiada.
Meus dedos contra as costelas a boca contra o pescoço... a saudade...
E só essas grades, essas benditas grades me impedindo.

Minha fome infinita e sabendo que esse não é o meu lugar. O que diabos me prende aqui???
De quem mais alem da minha sombra eu preciso?

Quanto mais só melhor.
E aquele sorriso psicótico e fino se desenha de novo mostrando os dentes da besta.
Não há o que esconder, os olhos felinos refletem toda luz...

A hora está chegando..
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Um só ao mesmo tempo é três....

quarta-feira, 20 de maio de 2009 by AlphaMale
é bom não se sentir sozinho.

Eu nunca me distancio deles. E eles sempre estão sob minha sombra.
Como se mais do que um, fossemos três. Como se eu nunca me houvessem conhecido.

E eles jamais me chamassem de mim.
Vivemos aqui, nessa cadeia, nessa gaiola, nessa perdida ilha cercada de oceano.
Sozinhos e acompanhados.
Subexistindo consigo e só.

Vai ver, nessa confusão desconfusa, nessa profusão tão intrusa, onde entro em mim mesmo. Toda hora circular, como serra, como furadeira. Eu é que estou errado.
Talvez eu não devesse ter mostrado, tudo que escondia. Não tivesse chutado assim aquele muro que tu construia, talvez hoje a gente não seria, assim penalizados.

Eu e eles, eu sou eles. Eles são eu.



Conseguimos com tranquilidade discorrer desde o mais absurdamente complexo ao mais ingnóbil assunto.
Podemos gastar horas distanciando Cristais nanometricos de buracos negros e estrelas de neutron. Perder 15 minutos com macro economia e sistemas lógicos.
Fisica quantica, espacial, termodinamica.....

Compreendemos a raça humana como poucos homens já imaginaram.
Vimos navios, vi asas, nuvens e rostos. Perdi amigos, amores, sonhos e o fôlego.
Ganhei dinheiro, perdi cabelo. Achei a solução e perdemos a razão.


Um de nós, é a carne, a força e avidez. A flamula existente na vontade de viver. Intenso e frivolo... Momentaneo e lindo como uma explosão. A ansiedade se espelha no seu olho tranquilo e seguro. Esse o que precedeu, veio primeiro ao mundo. Mas só aqui pisou já quando eu tinha que lutar pra conseguir o pão e a carne. Esse que só descobri quando já não sabia de mais nada. Surgiu no meio daquela confusão, daquela tempestade, me amparando como pai. Sendo meu pilar.
Este é o que fixa fundo os pés no chão quando a tempestade se aproxima. Ele é quem salta de olhos fechados da janela. Alçando os vôos mais intrépidos pra dentro de si mesmo. Esse é o que enfrenta a selva. Esse é o eu meu herói.
É um caçador nato, uma selvagem de lança e espada. Um arauto da criação.



Um, é a mente, seus misterios e perguntas. É a interrogação, a charada por de trás do sorriso fino. É a solução pra toda sombra. Tácito e soturno.
É o reflexo do pai, do filho e do espirito santo dentro de mim. Pondera, racionaliza, perdoa, compreende e aceita a vida. Ele é o meu professor. Ele é o mais novo dentre nós. Aquele que observa. Que calcula e que estuda antes que o outro execute. Ele quem administra os espólios, este que parece um meteoro. Que chegou por ultimo e que irá antes de todos. Esse que tem a missão de ser a ponte em todos nós, que é a porta que nos separa. O mediador entre as partes. Um juíz entre os lutadores.



O outro é a existencia completa, uma carcaça mundana e alienigena, sonha que questiona as razões e se perde nas esperanças. Um comum qualquer que ama. Que se perde num sorriso facil e que vira bruto de se avermelhar os olhos ao ver a covardia com que se tratam os perdidos dias.
Aquele que se acovarda ante o reflexo que o questiona. Um canceriano qualquer. Cheio de fome do som. Navega nas musicas. Respira poesia. Esse que é o protegido e o pupilo dos três. O desencanto em movimento, aquele que só faz sombra quando a luz lhe toca. Distraido, só se dá ao valor quando embebido no reconhecimento raso dos seus pares, ouve seu nome.


Eles três sou eu. Efervecendo num emaranhado de súbitos sobressaltos. Dos sonhos mundanos.
Da libido mascarada.
Do olhar de raiva.
Explosão silenciosa.
Dessa soma, potencializada. Desse momento de eclosão. Num Big Bang sem razão, eu sou o produto.

Tudo que você vê, imagina e suspeita.

Aquele que já morreu, que já viveu e que não morrerá.


Ahhhh como queriamos ter cometido tudo aquilo que não pudemos.
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Análogos parte II

by AlphaMale
Pessoas não são conta poupança. Logo não deposite nem dinheiro nem confiança.

Você vai ao mercado querendo comprar Trakinas. Se ali tem. Porque raios sai dali com negresco, fominhas ou bono?

Amargo, doce ou agridoce? Porque alguem pede opostos? Que necessidade há assim tão grande de se conflituar internamente??
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Hoje

by AlphaMale
acordei meio avesso.
Ontem, dormi aceso.
Chimarrão com camomila, pra calmar, Banho gelado, pra poder deitar, mais tranquilo.
Não adiantou.
O discurso da palestra de sexta. As cobranças na empresa. O medo alheio. O corriqueiro devaneio que sempre desperta minha noite de sono encharcado de suor.
Todos os elementos que parecem a parte concreta dos meus pensamentos.
Ali no canto meio iluminado pela luz do poste de fronte da sacada, flutua teu rosto e...
ainda sinto aquele gosto, que teu beijo deixou.
Até ontem nao tinha trocado o lençol, que tinha teu cheiro. Até hoje, não entendi direito aquele dia no por do sol.
Foi sonho ou real.
Quem sabe, as palavras que eu escolhi, não foram as certas.
"sei que as vezes uso, palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas."
Quanto mais eu ando, menos eu escuto. Nesse quarto escuro, que conheço tão bem, me parece maior, a medida que as horas vão passando.
O café gelado, esse nem em sonho me apatece.
Inda mais com aquele gosto que parece, de maçaneta.

Quanto mais eu penso, mais eu faço as mesmas perguntas. Aquelas mesmas que eu já sei da resposta.
Quem sabe se eu fosse mais simples. E sem todas essas rimas.
E quem sabe se eu não pensasse tanto. É!!!
Se eu não pensasse tanto eu acho que não me encomodaria em não sentir e não ver e não ouvir... se eu não soubesse como vai ser, talvez não tivesse essa ansiedade.

Se eu não fosse tão ansioso, não precisaria sair de casa as 3 da manhã pra andar pela cidade.
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Filme repetido

sexta-feira, 15 de maio de 2009 by AlphaMale
Vendo a vida passar, sentado nessa poltrona confortavel e com muita pipoca.
É assim que to chutando as latinhas no meu caminho.
Como espectador. Larguei a diração desse barco a tempos e prefiro que o vento sopre nas velas um pouco só pra variar.

A raça humana olha pro chão buscando o céu e sequer percebe o que ocorre ali.
Ta fadada ao desgaste total, expondo-se e desgastando-se dessa forma.
Vivendo de aparencias e promessas. Lançando nenhum valor nas suas palavras.
A expressão oral perdeu sua veracidade. As pessoas anunciam aos 4 ventos um monte de impulsos. Manifestam sua inata satisfação e pretensa felicidade a plenos pulmões tentando convencer-se do certo e do errado.

Estão afastando-se da sua essencia. Do Eu verdadeiro e original. Do proprio coração. Cercando-se de muros quase intransponíveis e cheios de razão.

A corrida infindável atrás dum sei-la-o-que, achando que acumulo é sinonimo de realização.

Enchendo os bolsos de pequenas emoções baratas e vazias. Pulando como se não fossem assistidos. Fechando os olhos como se o mundo parasse.

Esquecem de olhar em volta.
O proprio umbigo é o sol, cerne do universo. Não compreendem o reflexo de suas ações, simplesmente não se importam com elas.
Agem como se a divina fagulha da vida fosse um golpe de sorte e não um dom. Jogando no lixo as oportunidades a esmo.

A gente pensa que o correto é fazer tudo pra não se arrepender, depois pensa que não deve fazer certas coisas pra não se magoar. No fim, se pder mais tempo planejando que executando, e mais tempo executando que vivendo.



A salvação, tá no meio dessa minha confusão de ideias. No meu impulso de mandar tudo pro inferno e logo depois, outra das minhas personalidades assumir e esquecer tudo de novo.

Como um ciclo...
que roda
roda
roda
roda
roda...
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15 de Maio

by AlphaMale
Estamos em 15 de Maio. Estamos na maior parte do mundo, praticamente todo o planeta já vive o Centésimo Trigésimo Quinto dia do ano.
Faltam exatamente 230 dias pra acabar ano nessas horas.
O ano de 2009 está praticamente no meio. O ano com maior ciclo de rotações da terra até então registrado.
O ano onde as precipitações fora de epoca provocam enchentes no nordeste e seca no Sul.
Um ano que eu previ ser algo totalmente diferente na minha vida e... de fato está sendo.

Hoje fazem 11 anos que meu maior icone na musica moderna morreu. Frank Sinatra, o homem cuja voz eu invejo e almejo.
O canastrão atuante na primeira versão de um dos meus filmes favoritos.
A atuação sublime, sarcastica e cheia de boas doses de humor inteligente só me fez admirar mais ainda o homem que cantava com o coração.

Alguem que se apaixona de tal forma pela musica que faz, é benemérito de todas os merecimentos.

Na sequencia cronológica, os remakes protagonizados pelo Clooney ficaram muito bons também.
A atmosfera do original foi mantida e a canastrice substituida pela sagaz atuação do moço.

No 15 de Maio, esse de 2009. Um dia sem chuva. Um dia com frio.
Um dia pra eu me lembrar que à exatos 5 anos. Se completavam os estudos da minha tese de geometria extraplanar. Da contraposição sonora às composições de Bach.
Tambem ainda num 15 de maio, eu quebrei meus dois braços descendo a Plinio Brasil Milano de Skate.

Num 15 de Maio eu disse sim num altar, frente a quase 300 pessoas e diante de Deus.
Eu afirmei votos de fidelidade, compromisso e zelo permanente a uma criatura de Deus.

As circunstancias que não concretizaram estes votos não vêm ao caso. Ainda que ..
bom , foi neh.


Num 15 de Maio ainda, e esta é complementar, eu fugi de casa pela primeira vez.
La pelos meus 16 anos, sai sem rumo, arranjei emprego em dois dias, me mudei em cinco. Voltei pra casa 9 meses depois. Como se nada tivesse acontecido.
Minhas fases rebeldes.
Dos cabelos coloridos, da musica alternativa. Do comportamento exótico e excentrico.
Das roupas made by me. Das palavras de ordem. Dos movimentos politicos, esquerdistas, estudantis, do brilhantismo na faculdade. Do ingresso prematuro no corpo universitário. Do vislumbre com a ciencia Física. Da perda da inocencia.

Nessas épocas, ao centésimo trigésimo quinto dia de todo ano, me pergunto:

- o que fiz nos ultimos 12 meses?
- dei passos pra frente?
- Cumpri o que me foi estabelecido e exige meu comprometimento permanente?
- fui condenscente com atos que contrariam meus principios?
- mantive estes principios?

Sempre me questiono se meu grafico evolutivo tem seguido um padrão linear ou está oscilando mais que a Bovespa.

O que eu fiz pra mudar o universo dessa vez?

Hoje no 15 de Maio de 2009. Onde eu estou, quem sou eu e pra que eu sirvo?
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Do outro lado - (interrogação)

segunda-feira, 11 de maio de 2009 by AlphaMale
Nunca é muito correto iniciar-se uma tese filosófica baseando-se num sonho.
O universo etéreo da mente humana é interpessoal demais pra se contrapor a um padrão geral como o universo do conhecimento propõe.

Esses registros heterogéneos da mente são pouco precisos pra basearem uma hipótese ou mesmo uma previsão. Afinal lidam com probabilidades e registros de memória que não estão acessíveis a nosso consciente, jogando os pensamentos com cor e com tempo de forma desconexa. Mesmo quando aparentemente fazem sentido.

Sempre tive um apreço maior pelos super-heróis com Alter ego, aqueles cujo conflito existencial se aproximava da nossa realidade, por experimentarem os lados ambíguos da vida, da eficiência e exposição, ao esconderijo e insignificância.

Aqueles capazes de compreender ou pelo menos de tentar de uma forma objectiva e clara, os problemas alheios e qual sua relevância na vida dos demais que pudessem ser interfirentes ou simplesmente deixassem a vida seguir seu curso.

Bom, como algo que é duro, é duro como a camada de uma estrela de neutron. Minha cabeça é quase tão densa como um buraco negro.

Era pra ser uma noite como outra. Andei pela casa escura na qual me acostumei a chegar todas as noites e já sem tactear o caminho que eu conhecia bem. Fechei a porta atrás de mim, com a força tradicional pra uma porta antiga e pesada fechar-se.
Andei os mesmos passos largos e leves até a escada passando pela geladeira aberta e desligada, vazia e cheia de pó.

Subi a bendita escada em caracol que leva rangidamente os pés até meu quarto, enorme e vazio, ocupado pela cama de sempre e pelo eu de vez em quando.

A camisa eu tiro primeiro, acabo puxando pelas mangas e a gravata sempre fica pendurada no pescoço. Jogo no canto do lado da porta até acumularem as roupas como se fosse uma montanha.
Caminhando e tirando a gravata, mantendo o nó que eu só desfaço antes de refazer.
As meias, uma de cada vez, pulando num pé só.

O cinto joguei num negócio que tem lá que eu nunca preocupei em saber do nome, tipo aqueles onde se põe chapéus e casacos quando se entra numa festa e o mordomo te recebe. Saca, tenho um desses bem velhos no quarto.

Ali também penduro as calças de corte reto que eu uso com sapatos pouco lustrados pra trabalhar. De cueca vou pro banheiro tomar um banho gelado e escuro. Depois que me acostumei a ficar sem energia elétrica graças a um eletricista filho da puta, quase não acendo nada em casa.

O shampoo que eu uso dia sim dia não, tem um cheiro cítrico que me agrada e eu uso em pequenas quantidades na cabeça, sempre mais no topo que dos lados da cabeça.

Ia entrar no box quando... quando veio aquela sensação.

Sabe? Quando tu sentes que mais alguém tá ali contigo, alguém junto. Não necessariamente no mesmo lugar, mas perto. Como quando tu percebe que a TV tá ligada mesmo sem conseguir ver ou ouvir.

Eu senti isso. Me virei rápido pra ver se era só loucura e ...

Bom, naquele escuro, mesmo eu não conseguia ver muito. Andei, acendi a luz, me deparei com um completo estranho!!!

Cheio de espanto por aquela situação eu pensei:

Quem é esse cara, com essa cara estranha?
Porque me imita, porque se limita a me fitar nos olhos, com esse tom ameaçador.

Esse ai, que me vê do avesso, esse que eu sequer conheço, tem algo de familiar.
Não sei, devo ter visto na TV, devo conhecer. Diria que seriamos parecidos sem essa barba por fazer.

Desconfio que a tempos ele me observa, acho até que sempre esteve aqui.
Mas como nunca o vi? Porque me olha tão fundo nos olhos, o que pretende ver?

Esse ar de arrogância, quem esse cara pensa que é? Pra me olhar assim presunçoso e cheio de impáfia?
Pensei em dar de ombros e lhe dar as costas mas ele ia se virar e fugir quando me peguei olhando pra ele de novo.

Como que pode, com essa cara cansada e esse ar de derrotado. Ostentar um orgulho assim?

Deveria chegar e tirar as caras, falar as claras, saber quem é e porque me seca assim.
Afina, não sou guri de meias palavras e acho que ele pensa isso de mim.

Quando quase me distraí, percebi que ele ainda me olhava.
Agora com ar de curioso, parecia até inquisidor, como se quisesse saber pra onde eu ia ou de onde vinha.

Meu Deus, será que ele já me conhecia!?!?



Meio que assustado, meio que magoado, com aquela vistoria, quase inquisitora.

Apaguei a luz e ele se foi. Ou pelo menos era o que eu sentia.

Aparentemente, estava só.

Até ouvir um "Maiqueeeeelll....." distante demais pra parecer coisa além da minha imaginação. Mas a voz, tinha algo de familiar.

Meu banho foi rápido, agua gelada não é coisa pra mais que 10 minutos e era tarde, eu estava moído como carne de segunda.

Me sequei numa toalha velha, fina já. Era coisa que eu não tinha hábito de comprar, no máximo trocava quando ganhasse.

Caminhando, pingando e balançando a cabeça como um cusquinho de rua depois da chuva eu fui até a cama. Larguei a toalha na cabeceira, afinal que homem que preze seus culhões estende uma toalha???

Deitei ali, uma das 14 cuecas brancas no corpo. A cabeça mais umida do que minha mãe recomendava e a cabeça, a enorme cabeça, como sempre, cheia.

Aquele cara, que eu vi, não parecia nada comigo, excepto pelo olhar. Estranho, nosso olho era bem parecido.

Mas com aquela carranca nos cornos, com aquele ar meio desolado. E aquela barba.. nossa, aqueles pelos, uns poucos ali espalhados como sopa de criança mal criada.

Aquela cara de poucos amigos e um olho fundo, cercado de negro, escuro, sei lá.

E outra, porque me olhava daquele jeito. Tão curioso. E porque não saia da minha cabeça?

E assim foi por algumas horas, depois de perder a noção do tempo, dormi.

Mas dormi naquela posição filha-da-puta, um dos braços na nuca, o outro no peito.

Mesmo com o vento entrando na janela, eu não me cobri nem nada. Fiquei ali ouvindo Save The Robot, projeto do Alien e do Quadra, bem bom...

Então, eu estava caminhando num lugar esquisito, chão poeirento e grama rala.

Não usava minhas roupas habituais, exceto talvez pelo tênis que me parecia comum e bem desgastado como eu gosto.

Parecia um lugar que eu vivia desde sempre, desde bem criança .

Só caminhava até que alguém me chamou, mas antes que eu virasse....



Acordei. Aquele gosto de quem acorda dum sono longo, presente na língua.
O fôlego preso e sufocado com se alguém tivesse recém destampado minha cara com o travesseiro.
O Sobressalto foi tão grande que eu fui parar longe da cama.

A dor nas costas me jogou direto pra realidade. Mas véio, se tivessem ouvido a voz que me chamou, era...

Era Ele, certamente, era Ele.
O misto de medo e pavor que me abateram naquela hora quase me fizeram chorar.
Achei que fosse demorar mais.
Já era hora, de um próximo passo, de um noto estagio.
De uma nova abordagem com relação ao que eu me comprometi a fazer.

Não é simples, essa missão é longa e de fato, como toda escolha, requer renuncias.
Será que eu estou fundamentalmente comprometido ou apenas me deixei levar por um impulso como até então.
Seria por isso aquela curiosidade que despertei no meu reflexo. Seria esse o sinal de que a mudança se aproxima.
O fim dum ciclo, o começo de uma linha reta.

Eu sei pra onde ir. Sei exatamente. Como se já estivesse estado lá. Mas...

Eu devo ir agora?
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Maria- Olhos de sol

quinta-feira, 7 de maio de 2009 by AlphaMale
...ela olhava o sol laranja deitar no canto de trás da casa.
Na sombra as árvores secas de galho retorcido, pretas e causticadas, castigadas pela
coroa dourada que dormiria logo, viu dois carcarás a espreita dum lagarto rasteiro.


Os olhos de Maria, da íris amarela, redondos como de pássaro assustado, pousavam no quieto
sobre os braços fininhos na janela de barro da casa pau-a-pique no meio do chão esquartejado e poeirento.


La fora, um boi magro, um chifre cortado uma marca marrom enferrujada no lombo com um não-sei-o-que qualquer
, as duas galinhas, magricelas também, catando vermes no chão e levantando as cabeças de crista empoeirada. A esqualida e vermelha cega, tascava as patas na
outra, tacteando assim sua rival na busca por algo que não fosse uma pedra.

Com umas poucas ciscadas e uma longa briga repartiram uma minhoca lamacenta escavada durante a tarde.

A boca seca, pequena e cortada de Maria balbuciou qualquer coisa antes de sorrir sem mostrar os dentes e logo adquiriu
a mesma expressão quieta de cera, viu a pequena poça que se formara no longe de sua casa refletir uns pássaros voando em direção ao sul.

Sabia bem onde era o sul. Toda noite sua mãe lhe contava histórias duma terra cheia de verde onde outrora seu pai lhe pediu em casamento
e onde Maria dos olhos amarelos havia nascido.

Vieram muito novos pro sertão, a mãe de Maria tinha seus 15 anos ao levar Maria nos braços e seu pai pouco mais de 21.
A busca por trabalho fácil os trouxe na carreta dum Mercedes dois eixos, azul desgastado.
Eu em sua sombra os acompanhava quieto, mesmo sendo velho nunca dei minha opinião. Sempre escutei tudo, nunca falei nada.
Cuido de Maria desde seu engatinhar mais singelo.


Pro Sul também, seu pai havia voltado dois anos antes de hoje. Deixando pra trás, Maria, 4 anos de vida Quixote, seu irmão e Helena, sua mãe.
A casa de barro e taquara, os bois as galinhas, o cão, o chão, o sertão, e Maria.


Maria dos olhos redondos tal jaboticaba madura viram passar ali o Severino, aquele da Maria, do finado Zacarias, da serra
ossuda, da vida sofrida, da enxada quebrada.
O Severino da barriga vazia. Sofrido de morte nascida, matado de morte emboscada.

Virou seus olhinhos prum canto vesgo, num musgo seco, a alga morta, naquele canto, pretensa horta, farta de areia,
brotava no chão, seco como o coração da Maria, um botão de flor, uma rosa de amor. Um pedaço de sonho, que Maria viu
desaparecer, por que ali, chover não era coisa de sempre, era coisa de santo. Era milagre de tonto, quem acreditava era Padre, em terço de madre,
Maria de nossa senhora a Virgem. A mamãe do Cristo, do pobre e bonito nosso senhor.

Na prece da viuvá chorosa, que fazia frente ao lado do jumento, esse também em terno preto que puxava o carro que carregava o morto.
Maria sentiu a dor, de perder no horizonte, a flor, a paz, o amor e o medo.

Ela ali debruçada no cantinho da janela, que pequena já existia, "desdo" tempo da avó. Olhando o sul, olhando o chão, perdida no mar
que reflectia no piso seco, da lajota de terra, na terra de Maria.

Todo dia, sempre fazia, a mesma varia, acordava com o sol, nos olhos, sol dos olhos que eram a luz, eram o sol brilhando no céu do sertão,
naquele sol, matutino, matutava uma solução, 6 anos de vida nas mãos, se preocupava em comer,
até sentir a barriga doer, até poder ver, um raminho uma raiz,
uma palma uma planta. A comida do boi, a sua comida, o ovo da galinha magra, no galinheiro colhia.

Moendo a farinha, remoendo a tristeza. Fazia o mar, nas lagriminhas salgadas da Maria, que molhavam a farinha.

Todo dia, pintava no chão a poesia, chorava no colo da Luzia, a amiga fada do seu sonho. A fada que mamãe dizia, que um dia feliz te faria. Sonhava Maria.

Vai voltar pro Sul e ver papai.

Os cabelinhos de Maria, dourdinhos enrolados, presos no laço, vermelho do lenço, que sua mãe tinha. Poido, velhinho no todo,
mas que daquela cabeça, jamais saia.

Capinava a Maria, o chão da fazendinha, como boneca de trapo laranja, da minha sofrida. Olhando sempre o sol que se cegava
ao ver-se refletido naqueles olhos amarelos de limão.

E eu meu olhar ali deitava, no canto aquietava.

Quem conseguiria, engolir um gole d'gua que fosse, ao ver li Maria, seu metro e pouquinho, capinando no chãozinho, seco de doer sem ter o que comer,
pintada óleo, sem cor sem vida, contrastada pela dor, pelo olho colorida.

Nem brilha seu sorriso, toda noite que não dorme, conta uma estrela no céu, pedido que retorne, o papai amado da vida.

O Quixote vai a escola, pelo prato de comida, caminha 7 léguas, logo cedo da matina, chega noite quase escura, traz as veiz o lampião,
pega com a mão de 8 anos, um livro e um pão.
A outra mão de 8 anos, se perdeu à três passados, onde ele e o jumento o mesmo que levava o defunto, levava no dia seu arado.

O Quixote, era o valente, sem um braço, combatente, fazia do seu dia uma aventura de Golias, era gigante, tinha seus 1 metro e muitos.
Era filho de defuntos, órfão de pai de mãe e de nascimento.

Veio no mesmo caminhar, andou pelo mesmo beira-mar, pra chegar no sertão. Ali onde um não, é melhor que a solidão.

Ele me tinha por amigo, era o que mais falava comigo. Foi quem me trouxe ao abrigo quando eu ainda mal caminhava.


Éramos, uma família.

Tudo com essa vida de cão, em matilha, em partilha. Irmão, eu a mãe e a filha.



Por esses lados onde o vento mal vem, e ainda com algum desdém, quando não trás má noticia, tras no senho a "imundicia" de ser moléstia.


Foi quando o boato, que de atraso ser fato, era real e perigosa. Uma tal peste dolorosa, sem cor silenciosa. Que não batia a porta mas que da guampa torta
arrancava o sopro da vida.


Era cedo, era Junho, quando o pó que levantava da fazenda cessou.

Corri pra ver onde andava Maria, que da comida cuidava, na terra plantada.

Ao vê-la caída no chão, voltei correndo pra casa e chamei atenção da mãe até que ela viesse comigo pra trazermos a Maria pra sua cama.

No colchão de retalho, mais parecendo mortalho a mãe a deitou, ao lado ajoelhou, enquanto no delírio do seu febril suor, Maria chamava pelo pai.

- Ele tá vindo!!!

Foi a primeira vez que ouvi ela falar desde o dia em que chorosamente pediu a Deus que não levasse Quixote no acidente.

-Quem meu amor... quem tá vindo? balbuciava a mãe sem voz tentando manter normal a temperatura da febril criaturinha.

(o anjo que ali pairava, tomado de compaixão, se encheu de atenção, alçou sua mão, ao nosso senhor Jesus, pediu pro sofriente da cruz, que trouxesse o pai
amado).

- Papai, papai tá vindo... , dito isso, fechou os olhos e o escuro do quarto se abateu sobre nós..

( o anjo encharcado no próprio sofrer, viu Maria esmorecer, sem poder dizer, nenhuma palavra.)

- Ai meu Deus... Ai meu Deus... berrava a pobre mãe com a filha fervendo
nos braços, como se ao gritar o Senhor lhe ouvisse;


(eu vi bater suas asas, leves em pluma branca, como garça alva e franca, subir pelo teto)


4 dias depois, sem forças pra respirar, o Sol se apagou no canto oeste daquele fim-de-mundo. Pela ultima vez se ouviu o pranto da Maria.

Pela ultima vez, seu olho de ouro abrira.



Na tarde do fim do Junho,

uma ventania esquerda, chamava o resto de chão pra voar, esfarelado no redemoinho, por trás do passo rasino. Um caminhante a andar.

Não tinha mais que um metro e tanto, era de causar certo espanto, a largura dos seus ombros.

O cabelo enrolado, no curto cortado, da pele curtida. Do couro tercado, da calça puida.

Veio cabeça baixa, veio fala mansa, veio de longe porque o pó dessa andança, inda tava nas vestes.


Chegou ali, como quem conhecesse a mão em que pisava, a palma que avisava, onde ele tava.

Sem bater pisou de pé direito, não parou nem no ver de perto, uma mão sobre a outra sobre o peito.
No tecido preto, a mortalha que cobria, sua prole sua cria.

Ali, pairava a pequena Maria.

Na taquara de cama, de cama falecia.

Nem suspiro dava, nem o olho que fechava. Nem a morte que doía.

Nem respirar o pai conseguia, sua garganta seca não abria, seu olhar compadecia, sabia que era tarde, pra ver o brilho de Maria.

O anjo, pousado sobre o ombro, triste sem consolo, olhava e eu o via.

O pai sentou ao lado, da jóia mais preciosa, que tanto amava, que tanta falta fez.


- Meu anjinho me chamou, eu voltei. Ingrato tempo, ingrato vento.




Vê, o que mais queremos, é o que menos precisamos. Quando o temos, não vemos, desperdiçamos.

Pra recuperar, tempo não há.

Quando tiveres nas mãos, uma jóia, não deixa escapar. Esse tempo não volta.
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Quem sou eu

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Machista, idealista, mercenário, iconoclasta. Um psicopata? Viciado em mulher, chimarrão, cinema, música, fotografia, ficção científica e cerveja. Bio: “Estudando a ordem dos animais superiores e sociais (lobos, primatas, etc.) o macho alfa é o líder. Ele tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura. Geralmente solitário, demonstra sua autoridade jamais permitindo que os outros animais se insurjam contra ele. É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. Freqüentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais” Sou viciado em adrenalina, tal como se fosse isso um soro de sobrevivência. Ex seminarista, ex físico, ex marido... Pai por escolha e geneticamente predisposto à calvice. Sim sou eu.

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