Quem tem poder....

sexta-feira, 24 de abril de 2009 by AlphaMale
Para ler ouvindo: Switch

uma tarde amarela como só meus óculos permitiam ver.
Uma chuva fina de final do verão passava larga por entre os fios do meu cabelo ralo e comprido.
Eu caminhava passos curtos cuidando pra não pisar nos grãos de areia e cair.

Meu casaco pesado e verde militar que fora minha ultima grande compra me protegia do vento bem como um abraço de mãe.
Aqueles trocados sobrados da passagem do ónibus serviam nem pra matar a sede e eu caminhava pra casa.

- não to justificando minhas faltas, to completando minhas reticencias...

Pensei sempre que não queria ser um cara inconcluso. Mas não dava, essa mania de não conseguir terminar algo que começava.
Coisas soltas no meio da tarde.
Letras de canções muito nostálgicas pra terem sentido.
Poemas Quintanescos demais pra não serem plágio.
Projetos com dinâmica da temperatura, do ar e do som...

E lá vem elas de novo, as reticencias.
Sempre latentes, mais presentes que oxigenio...
Aliás, precisava respirar. Corri uma quadra quase, só pra ver se ainda conseguia. E badabin badaboom.

O lapso de tempo entre meus pensamentos parecia um tetraedro colorido, um caleidoscópio cheio de vida mas que parecia não ter mais fim.

Eu olhava de longe, atacava com os olhos, sedent já querendo saltar por sobre o corpo branco e luminoso. Os cabelos pretos e os olhos acuados, seria simples e fácil como sempre fora.

Um quarto, um pedaço minúsculo de qualquer acido e pronto.
Minhas mãos pareciam ter seus poros abertos, infestados de som, que passava pelas minhas fibras atravessando meus ossos por sob a pele, me preenchendo de uma felicidade tão tola, que me fazia flutuar uns poucos centímetros do chão.

Uma linha inteira da chave e era como se eu visse um furacão vindo na minha direcção.
Aquela imensa tempestade se anunciando e eu pronto, nu, de frente com os pés travados no chão pra suportar tudo que pudesse vir dali.
No olho do furacão e tudo girando ao meu redor.

Nessa viagem toda o tempo entrecortado de sinais vermelhos e calçadas de tijolo amarelo, atravessando faróis, neblina e noite.
Sim, nem sol havia naquela hora.
Aquelas altas horas, em chuva, nem sol, nem luz nenhuma que me pudesse mostrar onde o passo seguinte me levaria.

Ao final do túnel a luz pode ser um trem e pode ser o pica-pau fingindo ser um trem.
Quem sabe no começo eh mais fácil de perceber se a queda vai doer, ja que no fim, não vai dar mesmo pra comparar a dor.

- Eu acho que não devia ter complicado tanto, afinal, a coisa toda é muito mais simples, a maçã cai sempre perto da árvore, foi pura sorte o Newton estar ali...

Quais as minhas chances de que a maçã caia na minha?

Aquele magnetismo, aquele cheiro, a pele, o olhar. Era tudo tão sinergico, tão situado, complexo e instintivo. Eu não queria fugir, santo Cristo pela primeira vez eu não queria fugir.
Estava ali, pés e mãos atadas, caçador, predador superior sobre todos os outros, em plena rendição.

Sentados, sob a chuva, sobre o chão, falando sobre emoção. Entendendo menos do que seria possível e sentindo mais que o necessário. Os braços que circundavam.
Os abraços que não terminavam e era tudo mítico, parnasiano e cruel.

Eu lá, me sentindo pleno e repleto de mim mesmo.

Correu o tempo, a tarde cessou, o ocaso se encarregou de por fim ao meu devaneio, naquele longo passeio de ciranda.

Bom...
Cheguei em casa cedo, antes do que tinha previsto.
deitei cansado na cama.

Pensei em beber café, mas, a padaria estava fechada.
Peguei num papel qualquer num canto do quarto.

Rabisquei numa letra que só eu entendo:
-quem tem poder... que pare o tempo.
Quem pode ter, viva o momento.
Quem tem tempo, pode voar.
Quem pára no ar, pode ter tudo.
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sentido

segunda-feira, 20 de abril de 2009 by AlphaMale
não faz nenhum.
Pois fere mais que a prata.
Brilha mais que o ouro.
Enferruja como o ferro.
Escorre como o mercurio.
Resiste como o aço.
Vale mais que o bronze.
Veio das estrelas. Na calda do cometa. Trouxe tanto brilho quanto o sol.
Queimou mais que uma brasa.
E no fim. Não foi mais que um sonho....
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um momento único

sexta-feira, 17 de abril de 2009 by AlphaMale
Uns tempos atrás, durante uma trip. Um anjo azul me levou a conhecer momentos e lugares não tangíveis fora da minha razão e dentro da minha mente.
Nesse momento, só dei as mãos á uma amada musa que mesmo distante, tira meu fôlego como se fosse o próprio momento da morte.
Naquela hora, vivi e ouvi uma voz que dizia pra mim mesmo como se eu falasse com ela:

Quando o amargo do comprimido virou doce na minha lingua eh como se o teu beijo tocasse as minhas papilas gustativas e no vento eu sentisse o teu abraço me refrescando e libertando.

Quando a musica tocou mais alto era o teu corpo que me levava e quando as luzes brilharam mais forte foi no teu olhar que eu me perdi.

Como posso eu, fera, manter selvagem meu espírito se ao te ver, bela, tu aquieta meu coração.
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Análogos parte I

quinta-feira, 16 de abril de 2009 by AlphaMale
O amor e o café

-Devemos segurar a quem amamos, exatamente como à um copo de café quente,
Forte o suficiente pra não soltar, mas de leve pra não se queimar.


Se esfriar fica uma merda.

Se tiver muito açúcar ninguém consegue suportar mais que uns goles!!!

Se for amargo a gente so toma quando ta bêbado.

Quando tem adoçante, fica com gosto estranho mas mesmo assim ha quem beba e diga que faz bem.


Amizade e eletrodoméstico

Quando tá ali, a todo vapor é uma maravilha, se funciona a gente nem lembra que existe, mas basta dar um probleminha que tudo muda. Pouco importa se funcionou bem ou maravilhosamente bem por 5 anos, se parou de ser tão rápido, já não serve.


nota :
rótulos
servem bem pra remédios. Afinal pessoas nao podem ser dosadas.


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o Grande Manicômio

quinta-feira, 9 de abril de 2009 by AlphaMale
O termo tem algo do contexto histórico no qual foi iniciado aqui no Brasil.
Não interessa ao todo. Maniáco, mania, manicômio. Tudo dá no mesmo.
Fato é que dado momento eu me peguei em analisar o mais típico traço do comportamento humano.
Talvez, eu diria, o único que realmente nos distancia dos animais em geral.
Manias!!!
Todos as temos, alguns em maior e outros em menor grau.
Das mais inacreditáveis às mais comuns e quase imperceptíveis.

Diferente do hábito e da compulsão. Impares ao instinto e alheias ao consciente.
Não é como respirar, não é como piscar. Estão pras nós como aquelas súbitas rajadas de vento na rua.

Conheço um cara que tem mania de bater no peito quando fala do time, e não é impafia ou arrogancia, é mania mesmo. Um olhar atento percebe se tratar duma coisa somática, quase genética que herdou do pai. Seu Antunes, o Bigode da vila. Gremista fanático, dos tempos do Everaldo. Orgulhoso que só. Depois de ver o Everaldo subir no avião que o levaria pro México, na maior campanha que a seleção brasileira já teve. Batendo no peito ali, diante da escada do Salgado Filho, chorando ao ver seu ídolo jovem representar os Gaúchos na seleção.
Batendo também no peito, chorou de novo em 1974 quando precoce nos deixou o grande idolo num acidente de carro.

Um vizinho meu, passava manhãs e tardes na sacada. Cada 5, 6 minutos, ele se levantava, arrastava o banquinho, desses de madeira, velhos, voltava e sentava.
Repetidamente. Várias vezes ao dia.
Seu Schmidt trabalhava numa marcenária próxima e era lúcido, um senhor alvo de uns cinquenta e poucos anos, matemático aposentado, não era nenhum louco não.
Mas quando veio da Alemanha do pós guerra, onde viu seu pai ser arremessado ao ar por uma mina terrestre, quando simplesmente sentavam num banco no jardim central pra beber chá...

Lucas, o cara mais alto da minha classe de cálculo, volta e meia na biblioteca, saia e voltava da mesa com um livro às mãos. Sem notar colocava na mochila, num gesto natural de quem colhe frutas numa arvore, ia-se embora e sorrindo assoviava.
Uma vez na casa dele, causei-lhe certo constrangimento quando perguntei como ele tinha tantos livros em casa... daí percebi que sua mania de pegar livros tornara-se uma compulsão. Tivera uma infância pobre e cheia de frustrações, daquelas histórias tristes onde se pega pão na mercearia pra não passar fome. Ele mesmo antes de ter uma memória, com seus 3, 4 anos, mesmo com altura duma criança de 6 anos, pegava pães do Português na padaria pra poder se alimentar.

A minha ex namorada Deise, um Deisastre como a gente a chamava, era uma legitima destruidora. Obliterava coisas sem qualquer motivo. Pratos, copos, quadros, livros.
Mania de destruir praticamente tudo, corações, lares, poemas..
Da mesma forma como seu pai, antes de morrer de cirrose, alcoólatras inverterado que batia na mãe quando Deise estava aprendendo a caminhar.

Luizinha, a loirinha mais morena que eu conheço, olha pros dois lados antes de fazer qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Tia Marli, a tia/mãe adotiva da Luiza, era dessas mães paranóicas que cria os filhos numa bolha de ar, protegidos do mundo, sem sol e sem som. Tanto que a Luiza depois de se formar em direito pela Federal, foi morar na praia.

Eu volta e meia bagunço o cabelo na parte da nuca, olho o celular e ajeito os bolsos da calça.
Ontem especificamente, percebi minha mania de colecionar coisas brancas.
4 Camisetas comuns de manga curta, mais 2 de manga longa, 2 pólo, 4 camisas, 12 cuecas, 10 pares de meia incompletos.
To cercado de maniacos.
Observei aqui na empresa mesmo, o entregador sempre entra com o pé direito em todos os lugares, e nunca serve café em nenhuma xicara que não seja a dele.

Cheios de manias.
Mania de dizer bom dia, mania de dizer te amo.
Mania de sorrir, de chorar.
Mania de olhar os dois lados antes de atravessar a rua, mesmo que seja mão única.
Mania de olhar pra trás, mesmo estando contra a parede.
Minha mania de escrever, ainda que...

não resulte em nada.
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Muito vento aqui dentro

terça-feira, 7 de abril de 2009 by AlphaMale
Choveu essa madrugada...
Foi rápido, bem rápido. Eram quase 3:30Am, tinha um vento gelado batendo a minha janela que não me deixava dormir... Olhei a sacada e vi os primeiros pingos d'água caindo no piso alaranjado.
Logo ele já refletia uma lua cheia e tremida, o frio continuava, eu ali deitado no colchão que agora está no chão, ouvia uma música qualquer bem triste que me lembrava o quanto já fui feliz e não soube aproveitar...
Tive uma súbita vontade de levantar e olhar pra rua.
Não me vesti no entanto. Coloquei um par de tênis surrados do fim de semana e sai pela porta.
Gotas de chuva gelada e pesada caiam repetidamente no meu olho... não dava pra ver muito.
Não sentia frio por algum estranho motivo, mas a agua estava gelada e escorria da cabeça até o chão... Eu ali, nu, olhava os lados, ninguém na rua, caminhei dum lado pro outro, alguns passos somente, ventava também.
Eu, pelado, na chuva. Pareceu uma eternidade...
A lua prata, enorme no céu me olhava com desdém.

*agora digitando e escutando: essa música

Começou cheio de luz, era um domingo. Tinha um pingo de ressaca na mente ainda, estava procurando uma saída. Podia ser qualquer uma, quando só se quer ir pra casa não faz diferença qual porta abre primeiro, desde que te leve pra algum lugar onde tenha silencio.
Tinha algumas perguntas na mente, sempre fui de questionar, mas naquela hora eu estava no meu casulo, não esperava que algo novo pudesse surgir.
Como sempre ocorre, a porta estava fechada. Dei a volta e segui outro caminho, fui mais fundo. Desci as escadas e dei a volta, mais luz e mais luz, uns poucos passantes de lado me observavam.
Numa mesa eu vi ela. Sorrindo já, senti que ali morava meu coração. Achei a mim mesmo naquela hora.
Eu que sempre fui perdido, que sempre tive minha cabeça fora do lugar, vi num sorriso à dez passos, o resumo de toda a felicidade.
Quando sentei na frente dela, ela nem me olhou.
Algo havia, não pode ser alguém assim tão indiferente.
O que há enfim?

No seguir da coisa toda, tive um mundo, um universo nas mãos.
Toda felicidade e realização que um homem pode desejar. Uma mulher completa, uma casa nossa, um cão... Uma filha. Meu rebento, meu maior sonho se tornara realidade. Tive por um tempo, tudo que eu jamais tinha imaginado ser possível. Na simplicidade do inesperado, Deus me trouxe tudo de mais lírico que um inquieto poderia querer.
Tive dias de frio, um corpo quente ao meu lado. Tive noites de calor, chamas na minha cama.
Tive chuva e abrigo num olhar. Tive nas minhas mãos os cabelos e pele macia sem igual.
Beijos de amor, olhares de paixão. O que mais pode se almejar com tanto coração?
Tudo ali, ao meu alcance, sem esforço, sem mentira. Plenitude existencial que absorvia com meus ouvidos atentos e olhos curiosos, crescendo e se tornando uma infinita planície horizontal de verde. Cortando os limites do racional, parecendo mágico, tangendo o real.

Não tem como não chorar imaginando, querendo ter de volta...

Um raio me trouxe a realidade, ainda estava ali parado. A chuva caindo, as lágrimas caindo, o dia subindo. Pelo que percebi, foram mais de 40 minutos... Eu, o mundo, o vento e a liberdade compartilhando o mesmo coração. Gritei bem alto pra que com o ar, saísse a dor. Assim não quero mais vento, nem dor, nem lágrima nos meus pulmões.
Agora precisava voltar pra cama.
Abri as portas, entrei pingando e segui deixando o rastro pela cozinha, escada, quarto ate o banheiro.
Me sequei olhando o rosto no espelho, não sei mais quem eu era, quem eu sou.
Não sei caminhar pra trás.
To perdido isso é um fato.
Mas , perdido onde?
Entre o que eu sou e o que eu fui?
Será que tudo de bom que me aconteceu, não foi mais que um lapso na minha existência, me tirando do ostracismo, extraindo essa carcaça do universo particular borderline que eu tinha pra me jogar numa realidade que não é minha. Tipo um sonho, uma gota de vida no meu mundo B&W?
O que eu vou pensar, se no meio desse furacão, além de não ver nada ainda me deparo sozinho comigo mesmo depois da tempestade.
Olhei bem no fundo do olho, diante do espelho, aquela sombra que incidia meu lado esquerdo. Lá fora os barulhos da chuva, uns passos corridos na rua, imagina o que teria pensado se me visse ali pelado?!?!

Actualmente to num olho de furacão, perdido como criança em sala de horrores. Acuado como quem quebra um vaso antigo de avó.

To gastando tanto tempo mostrando que eu não presto pra quem me ama, que esqueci de ser eu mesmo.
TO rasgando meus defeitos pro mundo ver que eu não quero estar aqui. Não quero ser cercado de gentes, sorrisos e felicidades.
Preferia quando eu era só.
Eu pedi por isso. Eu pedi que o mundo me visse. E agora tento em toda sombra me salvar e tomar fôlego como se esse navio estivesse afundando a cada minuto.
Até quando essas coisas vão ir e vir?
Até quando meus sonos vão ser despertos por saltos e sobressaltos na cama?
Olhando o céu sem entender as estrelas, sem entender como as ordenadas e as abcissas.

Meu quarto, desenhos nas paredes, aquela série de folhas riscadas com as frases unschuldig e cheias de platonismo.
As musicas no radio, decoradas e sussurradas no canto.
Pouca luz, sol aquecendo no inverno, vento aliviando na primavera.
Eu, meu mundo, meus desenhos, minhas paixões.
Quando não precisava confrontar tudo que eu sei com quem eu conheço. Era tão mais fácil, tão mais feliz.
EU que andava no preto, porque deixei o monocromático?
Que tanta graça tem nessas cores?
Acaso já não tinha sorrisos quando lia Assis e Kant? Quintana e Nietzsche já não me faziam pensar?
Era sim, mais fácil entender as pessoas quando destrinchadas nos livros sem virgula do Saramago...
Hoje, só vento, no vazio. Aqui dentro.
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Vem Vento.. Vem sol...

segunda-feira, 6 de abril de 2009 by AlphaMale
Faz, senhor dos ventos, faz tua mágica e desmedida soprada encher minhas velas e me tirar dessa tempestade...
Não é chegada a hora de ver um Sol?
Se de tão encharcadas minhas vestes se desfazem, como posso me abrigar do frio???
Que penso se não olhas pra mim.
Me traz os peixes e não há como pescar.
Onde mora agora meu coração, qu já nem sinto bater aqui....
Faz tempo, suas asas foram cortadas... eu mesmo fiz questão de amarrar com vime esse coração maldito...

Que pode um qualquer, vagabundo de qualquer mundo, despejar no mar, seu pranto sem encanto....
Eu cortei a arvore, aprontei as amarras, e ergui as velas...
eu almejei esse mar.
Tenho direito de reclamar???
Aceita teu mal... saiu da Ilha, a solidão é pior na terra ou no mar????
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Quem sou eu

Minha foto
Machista, idealista, mercenário, iconoclasta. Um psicopata? Viciado em mulher, chimarrão, cinema, música, fotografia, ficção científica e cerveja. Bio: “Estudando a ordem dos animais superiores e sociais (lobos, primatas, etc.) o macho alfa é o líder. Ele tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura. Geralmente solitário, demonstra sua autoridade jamais permitindo que os outros animais se insurjam contra ele. É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. Freqüentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais” Sou viciado em adrenalina, tal como se fosse isso um soro de sobrevivência. Ex seminarista, ex físico, ex marido... Pai por escolha e geneticamente predisposto à calvice. Sim sou eu.

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