2008 foi um ano de estreitamento.
Tanta coisa mudou e duma forma tão indescritivelmente nova, que eu relutei em deixar um post de despedida dele.
Ainda sim, essa relutante vontade foi superada por momentos inspirados. Incrivel como sempre estava escutando Live forever do Oasis.

Resolvi assim apenas colar aqui os pedaços das postagens que morreram prematuras, inacabadas e assim dou uma chance à nós dois, eu e você leitor, de me entender...
inconclusas mesmo que eu não quero a essa altura do ano, consertar o que não terminei. Deixa tudo assim e vamos fazer algo realmente novo.
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Titulo: -/- 24/12/08
São alguns poucos dias os que separam o natal e o ano novo no calendário ocidental guiado por preceitos cristãos.

Mal dá tempo pra parar e curtir o solstício e os outros fenômenos que antecedem a virada de um ciclo anual que estão logo ali. A exposição dos trópicos, a lufada dos ventos sul e sudeste, as chuvas esporádicas e aleatórias, como que pancadas e tempestades.

Um desses ventos sempre me traz, com um certo atraso, beijos enviados de longe. Beijos, saudadozos, capuccinentos e doces.

Eu vi pouco tempo atrás uma lua mais dourada que o comum e nem mesmo a minha atenta lente conseguiu capturar aquele momento único que durou 3 minutos antes da nuvem cobrir meu desejo vespertino. Sempre tive dessas quedas platonicas, essas paixões pela lua, a forma como ela surgia ali sempre nas minhas solitárias divagações e parecia que sempre iria me escutar falar as coisas que eu só guardava na cabeça. Os medos todos, as incertezas e toda a sorte de clichês que me permitem. A forma como sua imagem ondulava com o calor do verão....

Era um fim de tarde como outro. Sentia frio apesar do calor na rua.

Era a sombra da minha sacada, naquele dia mais solitária que o normal.

Sim, pois eu ando pensativo, tanto quanto nunca.

Eu esperava que as estrelas surgissem logo que o azul começasse a morrer e o sol mergulhasse à minha direita. Assim eu perderia um tempo à mais contando a exaustão aqueles pontos brilhantes, contrariando a minha mãe que dizia ser aquilo errado, que me daria verrugas nos dedos se eu apontasse pras estrelas. Eu nunca tive uma sequer, antes eu fazia por birra e agora por gosto de contar.

A escassez de caça e até mesmo a falta do instinto predatório que ....
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Titulo; Milimétrico 28/12/08

Fui relutante em postar pela última vez antes da virada do ano. São só uns dias eu pensei. Nada de tão absolutamente novo poderia acontecer.
Todavia eu estava errado.
Sempre a providencia divina faz questão de me mostrar que eu me engano facilmente ao imaginar que mesmo o mais estático dos ...
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Titulo: Da semelhança e da Diferença 23/12/08

Aquelas palavras, que nunca disse, por medo ou por falta de tempo. Agora retorcem aqui na minha garganta, fazem questão de torturar minhas raras noites de sono e ainda sim recusam-se à sair do quarto do pensamento.
São escravas da...

O ponto comum entre a fé e a paixão é que ambas são cegas.

Queria ter algo pra comer aqui, mas esqueci de novo de passar no super mercado....
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Titulo: ah se a solidão fosse surda...

não seria atormentada pela minha voz nos cantos dessa casa vazia onde a sombra dá voltas pela parede e aparece deitada na minha cama antes de mim.

Tudo que o mundo respira, entra nos meus olhos e na minha cabeça, sai pela minha boca e pelo meu ouvido bom e fica ali martelando meu cérebro...

maldita gaseificada coca-cola...
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Por fim ainda, tenho esperança. Ora veja, vou guiar minha manada pra outros pastos além do vale. Me sinto um líder mais do que nunca, comecei o ano achando que seria restrito a caçar, comer e me alimentar sozinho. Um certo tempo me mostrou que posso ser útil, que meu egoísmo foi estilhaçado pelos sorrisos que me brindam os amigos, pelas bebidas geladas, pelos comprimidos que tomo, pela luz que brilha dentro da minha alma cada vez que meu coração assume a mesma batida das musicas que eu escuto.

Sim. Estou mais feliz agora.

Vem 2009, vem que agora eu to bom de briga....

...Este pobre diabo, que já leu umas quatro vezes o chamado assim, Livro da Vida.
Nada me comove e me identifica mais do que a história de Sansão.

Um homem com um dom divino está sujeito à toda sorte de interpéries e tentações, sua vida é lavrada na dificuldade e na parcimônia. Deve ser contido e cauteloso, vigilante e prestativo. Seu dom não é seu, é dos outros, ele é mero instrumento da vontade divina e como tal, sua função é brindar à outrem a graça celestial. Este por sua vez, foi atento e sofreu muito ante seu trágico fim.

Parece utopia que eu, um declarado ex católico ainda seja assim maravilhado pela farsa literária da humanidade.

Fato é que, isso existiu, talvez com outro nome, fora de Israel, não lutou contra os efésios e até poderia ser que nunca houvesse existido uma Dalila. Pode não ter sido privado de sua visão e nunca teve familia, ou se teve não era junto à ela.

Fato, novamente, é que isso ocorreu, toda história tem um fundo de verdade e toda existencia relatada se baseia numa ação passada. Tenha sido ela modificada ou seja retratada fededignamente. Um Sansão moderno e visto sob a minha ótica, não teria sido facil, ou dificilmente enganado, ludibriado ou teria se deixado levar por uma mulher.

O Sansão de hoje não se daria ao trabalho de passar por todo o sofrimento que o amor trás, para se tornar um salvador de seu povo.

Acho ainda que no ponto alto de sua tragetória brilhante e impossível de ser ignorada ele atearia fogo em sua cabeça ou iria deliberadamente até o cabeleireiro, seguido por uma multidão de fiéis e infiéis que filmavam com seus celulares cada passo do redentor da humanidade até as tesouras do destino. Sim pois todos saberiam de sua existencia atráves de algum e-mail ou duma comunidade do Orkut.
Seguiria ele, cercado de flashes e caminhando como que em camera lenta, o arauto da humanidade encaminha-se ao sacrificio, auto imolado pela falta de ter o que fazer e pelo cansaço do homem que nadou contra a maré da má vontade da estagnada humanidade. Abdicando da graça despejada em suas mãos, deixando os cabelos cairem pelo chão. Os cabelos que lhe brindavam com força jamais vista. Afinal, ele é só um vivente pra lá de sortudo/azarado que nem sabe lidar com uma escova de dentes sem quebrar tudo. Descomunal a força dos seus braços que negam abraço por medo.

Por fim ainda, sairia sorrindo dalí, aliviado do fardo de carregar a salavção sobre a sua cabeça, essa sim uma coroa derrubada pelas mãos humanas. Sobre seus ombros agora não haveria mais peso e ele seria grato por todos os momentos felizes, muito embora nem sequer pudesse ouvir falar no passado e quisesse de todo o seu coração, viver uma vida nova...

Hoje é 24-12, é data pré celebrativa do nascimento do Cristo. Um redentor maior. Um salvador legítimo e não um mortal que de surpresa como numa loteria ganha um premio que acaba sendo sua ruína.

Jesus, o Cristo, um Deus mais humano que sua própria criação, o homem, foi feliz, chorou, viveu e amou mais que qualquer outro. A celebração do seu nascimento tem pra mim um contraponto significativo que todos esquecemos: Misericórida.

Redenção de nossos pecados, renascimento. Eu me vejo todo ano num misto de sentimentos de auto-comiseração nessa época. Sempre sozinho e caminhando dum lado "proutro" sem um rumo certo...
chame como quiser, eu prefiro acordar desse sonho doido que é a vida

Afinal , pra melhorar, basta estar ruim.

Quando percebi eram mais de mil milhas caminhadas e meus passos nem sequer deixam rastros por essa trilha.

Era o meio, era o fim. Uma busca sem sentir que começou sem perceber e pode terminar sem sentido.

Esta alma busca paz, uma paz sem fronteira, uma liberdade eterna e momentanea.
Uma liberdade cheia de luz, pulsante e colorida, que me preencha, que entre na minha mente e invada meu coração como uma lufada de vento sul.

Que me tire desse chão, me arrebate como o sol de julho.

Infintita como uma Fita de Möbius. Feliz como o sorriso da minha filha.

Estou cheio de tesouros, amigos inestimáveis e sempre presentes. Amores, paixões. Muito fogo nas veias e uma infinidade de idéias borbulhando nessa mente ávida de conhecimento.

Quero toda sorte do mundo. Toda luz nos meus caminhos cuja treva já se esvai pelo canto "esquerdo" do corvo.

Os louros da minha vitória eu compartilho com todo aquele se que se aproxime e destino o meu coração e a minha paixão à qualquer criatura que me presenteie com seu sorriso e sua mão.

Traga no horizonte uma nova perspectiva da vida.

Que venha com toda a sua plenitude a chamada paz que esta alma busca.

Que eu tenha a possibilidade de deixar para meus pares, tudo que aprendi, tudo que uni, todos à quem fiz sorrir. Perdão eu não posso pedir. É algo que teu coração não me permite ter e sei que não serei esquecido.

A paz que eu busco se aproxima e traz com ela um som do fim do mundo que penetra nos meus olhos vibrante e vivo onde eu danço sozinho.

Chega breve, paz que eu procuro.

Foi no meio de vidro e dor que eu cheguei e vi que nada estava certo. Tinha gente perdida e sem riso, gente cansada e que desacreditada da vida sequer se movia. Mostrei o norte, acendi as luzes, ergui sobre os próprios pés e mandei andar.

Vi tudo tomar rumo pro lado contrario que eu tomava, como se fosse uma despedida. Todos indo na direção oposta e tinha ainda esperança que se isso tudo fosse mesmo ciclico eu tornaria a ver aqueles rostos mais cheios de vida que quando os encontrei.

Não creio de fato nas verdades absolutas, muito menos nas utópicas e falsas promessas de eternidade. Nada disso mais me seduz. Compreendi que não existe algo por si só e tudo depende completamente do seu oposto, pois so começa um onde se encerra o outro.
Vida sem morte, felicidade sem dor, luz sem treva, isso tudo é ilusão e não pode haver algo sem seu contraponto, sem um complemento antagonista e latente.

Vejo sim na alternancia de fatos que existe a compensação e dessa forma, justifica-se perder pra ganhar. Talvez seja uma questão de limitação de espaço ou mesmo de carga que podemos possuir. Não existe, digo e repito, não existe ganho sem perda.

Dispensável e necessário e temporariamente temerário. Meu ser e minha presença se confundem no meio das tuas idéias e eu assuto tanto quanto conforto.

momento delicado e fatalista o que antecede essa escrita...
Desfruto do café rotineiro e duma regravação de i want you que segue a linha da musica da boa musica dos beatles

Mas foi:

um pesadelo curto e explosivo tido essa noite ultima, me fez repensar sobre a mortalidade da alma. Algo que eu já confrontei durante muito tempo com meus amigos que continuam à estudar a física da matéria e insistem que perene mesmo, só o conhecimento.

Eu sempre tive a idéia de mortalizar imagens e fatos gravando numa arvore ou numa pedra ou ainda no meu próprio corpo tudo que era efemero e pudesse assim manter-se, os momentos felizes, as risadas, um beijo, um toque. Nem mesmo a mente deveria nunca tive a pretensão de ser lembrado ou imortalizado num epitáfio de marmore.

O sonho em questão resume-se ao fardo de perder um ente querido, e isso remete à um conflito imenso de sentimentos de perda, solidão, medo e receio de deixar algo inacabado.

Um fenomemo enfim é a digitalização do banal, do desimportante, tudo fruto do medo, tudo fruto da insegurança e do apego à uma vida comum e fatidicamente finita.

Eu fui imortalizado nos olhos da minha mãe assim como a minha filha é em meus olhos e ainda sim, nuvens continuam a nadar num céu azul celeste.


Outra coisa que discuti redundantemente foi a cor do céu... mas isso já é outra história!!!

Que melhor dia para se iniciar algo que um dia 1°.
Eu que sou metido a organizado cronológicamente, posso mais facilmente me condicionar à fazer tudo certinho quando sigo regras.

Hoje, segunda-feira, estou me resumindo aos Strokes, os Stones e um café extra forte.

Pupilas dilatadas não contribuem com a letra muida do David Coimbra, aliás, que grande cara. Analgias intensas de mulher, futebol e nostalgia da qual só o pó me causa aquelas coceiras no nariz.

Agora eu paraliso as pessoas em com a luz duma camera que mortaliza.

Sempre tive uma idéia às avessas dos grandes artistas, que à todo custo buscam eternidade.
Eu prefiro tornar mortal e perene tudo o que puder, meu egoismo imutável prefere o momento.

Talvez por isso me sensibilizam aquelas formigas operárias que incessantemente trabalham por um futuro que não verão....
É bem nobre ajudar os outros. Juro que creio na colaboração. Não há maior prova do que toda doação que dou de mim mesmo e do que possuo à quem precisa sem medidas.

Sou contra e isso não muda, criar os outros. Jamais obtive gratuidade que me permitisse ser gratuito, mesmo quando não percebido eu estou em ampla vantagem, obtendo e recebendo muito mais por ajudar do que o que recebe por ser ajudado.

Não é justo que se criem os mais fortes para que sim estes possam assumir as lideranças e encabeçar as frontes?


A Pedida para o dia chuvoso que se anuncia a cada 10 minutos é.

http://www.superfurry.com

A nota biológica nos diz que um macho alfa é entre outras coisas:

"quando se estuda a ordem social dos animais superiores e sociais (como os lobos, primatas, etc) o macho alfa é o líder.
O macho alfa tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura.
O macho é geralmente solitário e demonstra sua autoridade, jamais permitindo que os outros animais se insurjam contra ele. É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. O macho alfa frequentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais, até que sua superioridade seja posta a prova por algum outro integrante do grupo que, se vencê-lo no embate, passa a assumir sua posição."

Não há consenso quanto ao atual papel do individuo supra citado na sociedade atual, nem mesmo há uma idéia definida sobre sua supremacia ante os exemplos crassos de alternância entre homem e mulher nos papeis mais comummente desempenhados pelo homem até então.

A verdade é que hoje os conceitos primários sobre a personalidade do macho alfa que o limitavam à um ser dotado de força e agressividade exacerbadas, já se corrompeu.

Na natureza, a maior parte das sociedades é constituida pelo grupo dominado por um líder isolado, principalmente nos mamíferos terrestres.
Sua função normalmente é passada pela descendencia, ou obtida pelo duelo e em raros casos uma "manada" é formada por desertores de lugares diversos e este genero torna-se mais comum pela graça da aceitação de divergencia atual.

Fato é, os Alfa são viciados em adrenalina, tal como se fosse isso um soro de sobrevivencia.

Agressividade e liderança nativa são traços verificados nos Alfa, porém não se pode pensar hoje em um alfa que não possua poder de decisão mais aguçado que musculos e visão maior do que voz.

A globalização, o advento da Internet , uma gradativa diminuição no esforço cooperativo nas relações humanas são fatos que fazem com que os portadores do cromossomo Y que estavam se tornando seres obsoletos, voltassem à cena pela necessidade iminente em direcionar grupos.

Sem a falsa modéstia e ainda sim sem abusar da pretensa idéia megalomaníaca de posse, podemos dizer com propriedade que é facilmente identificado e notoriamente seguido aquele que se destaca e este, pode ser, um macho alfa. Tal qual eu sou.

É simples e prazeroso obter o controle mental das pessoas que o cercam e tamanha atração, seja ela vinda dos feromonios ou do bolso é algo sim, que realmente vicia.

Meu Blog, é um desses clássicos diários eletronicos com a intenção de explicar algo da vida, ainda que uma simples visão pessoal e até meio distorcida do mundo.

Não espero contribuir, mas distribuir, seja paz, seja caos.